Entenda o que são as fístulas anais, responsáveis pela secreção de fezes pela vagina, e como tratar da doença

Entenda o que são as fístulas anais, responsáveis pela secreção de fezes pela vagina, e como tratar da doença

Proctologista explica as causas, os sintomas e os tratamentos para as fístulas anais, problema que pode influenciar na saúde íntima das mulheres no pós parto e ou em portadoras de Doença de Crohn, tuberculose ou que sofreram traumas locais

“A fístula é qualquer comunicação anormal entre os órgãos. Pode ser, por exemplo, entre a bexiga e o intestino, entre o estômago e o intestino. No caso da fístula retovaginal se dá entre o ânus e a vagina e da perianal, acontece entre a pele e o ânus. Por conta dessa comunicação anormal ela provoca sintomas tanto no ânus quanto na vagina. Quem tem fístula pode apresentar essa secreção que pode ser fezes ou gases pela vagina, ou de secreção purulenta ou sanguinolenta pela pele, porque está passando conteúdo de um órgão para o outro”, descreve a proctologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maristela Almeida.

O surgimento das fístulas anais na maioria das vezes, se dá a partir da obstrução e infecção de glândulas perianais, levando à formação de abscessos (acúmulo de pus) nesta região. Estes abscessos, quando rompem espontaneamente, podem liberar o pus para a região da vagina ou da pele perianal. “Primeiro a pessoa tem obstrução da glândula, depois ela tem uma infecção, em seguida a formação desse abscesso. Pode drenar espontaneamente ou de modo cirúrgico, por meio de intervenção médica, porque o paciente não consegue conviver com isso. Esses abscessos podem cicatrizar totalmente ou eles podem evoluir para o que a gente chama de fístula anorretal”, relata a médica.

Além do surgimento das fístulas por infecção e obstrução das glândulas perianais (chamadas de origem criptoglandular), algumas doenças  específicas em podem levar à formação de fístulas perianais, tais como  a Doença de Crohn, tuberculose e traumas locais, como é o caso de alguns partos vaginais normais, ou outros fatores que causem a laceração do assoalho pélvico e da musculatura.

O diagnóstico pode ser feito por meio de um exame proctológico ou mesmo pelo toque na região entre o ânus e a vagina. Mas também há exames como a ressonância magnética que pode confirmar as suspeitas e verificar outros trajetos que podem não estar sendo verificados no exame. “Para o tratamento, poderá ser necessário verificar quais outras doenças podem estar atreladas às fístulas, como é o caso da Doença de Crohn, por exemplo, em que também precisará da ajuda de remédios. Se ela tiver origem criptoglandular, o tratamento será cirúrgico, com a realização do fechamento desse trajeto entre um órgão e outro”, explica ela, ressaltando que ginecologistas, cirurgiões e proctologistas poderão ser necessários para a realização da cirurgia.

Procedimentos como colostomias e outras derivações, radioterapia ou quimioterapia (para tratar fístulas ocasionadas pelo câncer de ânus) também podem ser necessários a depender da fístula, da gravidade e da causa. Por isso, a médica do Hospital Edmundo Vasconcelos ressalta a importância de procurar um especialista para oferecer o tratamento e as orientações mais adequadas.

 “Essa é uma doença que altera e muito a qualidade de vida desses pacientes, já que afeta a saúde, o comportamento sexual e a qualidade de vida em geral, porque não é fácil ter esse tipo de sintoma. Também é muito importante um aconselhamento ou apoio psicológico no tratamento da doença”, avalia a especialista.

Sobre o Hospital Edmundo Vasconcelos

Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.000 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o primeiro lugar no Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar na categoria Saúde – Hospitais, conquistado por três anos consecutivos, 2017, 2018 e 2019.

Site: www.hpev.com.br

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

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