Prazer, eu sou o Clímax!

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Prazer, eu sou o Clímax!

Por Karina Brum

Em primeiro lugar: o orgasmo não pode ser comparado a uma festa rave ou com o estourar de fogos. Clinicamente falando, o orgasmo pode ser entendido como o ápice da excitação sexual, onde há uma liberação repentina de tensão sexual por meio de contrações musculares rítmicas e involuntárias na região pélvica, que vão culminar num intenso prazer. Contudo, essa é uma experiência subjetiva, individual e muito singular, que vai variar em intensidade e duração “se comparado” às outras pessoas.

Entenda que o ciclo do orgasmo no corpo humano é um processo fisiológico e emocional que envolve uma gama de respostas corporais crescentes, rumo ao ápice sexual. Nessa jornada orgásmica, áreas do cérebro relacionadas ao controle, dor e ansiedade diminuem sua atividade, enquanto as zonas cerebrais de recompensa são altamente ativadas. É um momento de entrega física e emocional – NUNCA É APENAS UM PROCESSO MECÂNICO.

Por isso, precisamos entender que mentir sobre ter orgasmos é o pior caminho a seguir. O clímax vai muito além do simples “orgasmo de 6 segundos”  — nesse processo há uma grande importância fisiológica, emocional e relacional. Tanto para pessoas com vulva quanto com pênis, o orgasmo traz benefícios comprovados para a saúde física e mental, que circundam entre a manutenção do bem-estar sexual e qualidade de vida.

Quando gozamos, promovemos um “banho” repleto de endorfina, dopamina e oxitocina — neurotransmissores ligados ao prazer, vínculo e relaxamento. Ter orgasmos regulares ajudariam a manter o equilíbrio emocional até no enfrentamento de quadros leves de depressão. Fora que vivenciar o prazer desse gozo melhora nossa autoestima, fortalece os sentidos de autoconfiança e autovalor. E para fechar com chave de outro, sentir prazer auxilia no fortalecimento do assoalho pélvico, porque as contrações musculares durante o orgasmo que ajudam a tonificar essa região, prevenindo incontinência urinária e terapeuticamente falando, o orgasmo promove a qualidade do sono, o alívio de tensões e dores menstruais, saúde cardiovascular e a conexão emocional/afetiva, visto que liberamos a ocitocina, hormônio conhecido como “hormônio do vínculo”. 

Conte comigo para auxiliar você nessa jornada incrível do prazer, onde o clímax é muito mais do que só gozar, ele faz parte da fonte da juventude humana.

Beijos da Ká!

Karina Brum é psicóloga e sexóloga. E tem como propósito desmistificar tabus, preconceitos socioculturais e crenças limitantes, oferecendo ferramentas que libertem a pessoa para seguir sua vida de forma singular. Além de falar sobre as demandas sexuais e da sexualidade humana, de forma divertida, científica, às vezes meio irônica, porém sempre muito sensata.

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