Por Marianna Kiss
Oi diva linda e tumescente amado, hoje essa escrita será um pouquinho diferente de tudo o que já postei aqui porque é um texto técnico retirado da matéria de sexualidade que eu ministro na Formação em Sexcoach. Contudo, igualmente como os outros, tenho certeza de que você vai amá-lo porque vai esclarecer muitas dúvidas que você tem sobre o Tantra – e eu aposto que após a leitura você virá correndo ao meu espaço terapêutico para marcar sua sessão. Respire. Conecte-se consigo. Delicie-se.
“Tantra não é sexo! Visto por fora, pode parecer… Vivido por dentro: transforma… Tantra é aceitação! Tantra é fluidez! Tantra é expansão… Tantra é consciência. Tantra é meditação. Tantra é divino. Tantra é o caminho do fio da navalha. Tantra não é uma técnica. Tantra é entrega. Tantra é dissolução do ego. Tantra é envolvimento total. Tantra é o encontro de seres. Tantra abre o coração. Tantra é renovação. Tantra é revolução. Palavras não definem Tantra. Tantra é!” Osho
O Tantra é uma filosofia de vida muito antiga, milenar, proveniente do hindu – um dos ramos da filosofia védica –, que percebe o corpo como meio para a expansão da consciência.
Não se sabe ao certo qual de que país se originou o Tantra, alguns estudos afirmam que ele veio do Egito e outros da Índia. Sabe-se que ele nasceu do Vedanda, também denominada Uttara Mimamsa que é uma tradição espiritual explicada nos Upanishads, que preza pelo saber por meio da compreensão da real natureza da realidade (Brâman).
Existem várias linhas de Tantra (vermelho, branco, negro e etc.). É ritualístico e quando se fala de Tantra, se fala de pilares de comportamento, se fala de energias para o bem (de evolução, de devoção, de direito, divino, branco) ou para o mal (negro, de esquerda, de poder, de competição, de dominação, de manipulação do outro, de magístico).
Aqui no ocidente, se conhece o Tantra Vermelho que é o sexual que trata o despertar da energia da Kundaliní que é simbolizada pela serpente dormindo na base da coluna.
O Tantra é matriarcal, é a energia feminina que ascende à consciência e encontra a energia masculina na consciência. O Tantra é vivencial.
A palavra Tantra tem origem sânscrita e é a junção dos termos “tan” que significa “tear, tecer, manifestar, expandir” e “tra”, instrumento. Sendo assim, “instrumento de expansão”. Diferente da maioria das crenças religiosas que conhecemos que imputam o caminho da purificação por meio da abstinência do prazer, seja ele sexual ou não – o que transforma a prática espiritual numa luta interna infindável –, o Tantra preza pelo caminho do amor valorizando o corpo humano como um organismo vivo e consciente e que se cura por meio do prazer e é total merecedor de atenção, respeito e reconhecimento. Conforme os tântricos que são os praticantes, a vida só apresenta significado e relevância se a pessoa seguir os padrões da natureza, ou seja, a padrão original e totalmente livre de amarras e julgamentos. E isso é feito num caminho sistemático, por meio de práticas como o hatha yoga, o pranayama, os mudras, os rituais, a kundalini yoga, o nada yoga, os mantras, as mandalas, a ayrveda, a astrologia e centenas de outras práticas que se integram perfeitamente nas disciplinas tântricas, como as meditações, as respirações e as massagens, por exemplo. No Tantra, um dos rituais mais simbólicos é o culto de Shiva e Shakti, que representam os princípios da energia ativa masculina e da força passiva/receptiva feminina, respectivamente. Shakti também é conhecida como Kali, Durga e Parvati. Esse ritual aumenta a admiração mútua e ajuda ambos os sexos a se compreenderem, principalmente sexualmente. A mulher é a manifestação da própria deusa e por isso ela deve ser respeitada, admirada e amada como tal pelo homem e o mesmo deve ocorrer por parte da mulher. Inclusive, o princípio do Tantra é o culto ao feminino, da Grande Mãe, e busca a manifestação psíquica da força da mulher em nós – mesmo que sejamos homens. Em toda a Índia, essa força é simbolizada pela deusa Shakti e sempre influenciou a religião, a ética, a arte e a literatura.
Outro fator interessante sobre o Tantra é que a gente conhece o Yoga como o caminho do guerreiro e o Tantra como o Loveway, ou seja, o caminho do amor que nada tem a ver com promiscuidade sexual ou desempenho sexual ou hipersexualidade. O Tantra sempre foi o caminho do amor, sempre foi o espaço para o coração, para a consciência, para a aceitação, para a presença, para a expansão. O trabalho sempre foi feito por meio da sexualidade e da presença corporal, do prazer do corpo. O sexo para o Tantra é fundamental nas raízes familiares, principalmente na vida de um casal e por isso o sexo é ensinado como uma forma de trazer prazer e alegria ao seu companheiro ou companheira. Sexo é amor, é conexão, é natureza, é pureza, é energia sentida, dividida, apreciada e respeitada. E esse sexo tem de ser prazeroso para fazer o corpo estar presente, embora represente elevação espiritual. Para uma pessoa que nunca vivenciou uma experiência tântrica presença corporal e elevação espiritual na mesma frase podem parecer uma ideia completamente contraditória, mas o dia que você experimentar uma massagem anal com toque no seu cóccix e esse toque atinge a sua energia kundaliní… meu bem, só assim você vai entender que essa ideia é totalmente possível.
Terapia tântrica taoísta
O Taoísmo é uma das linhas do Tantra, é a linha que eu trabalho e que preza pela extensão do prazer. A Terapia Tântrica Taoísta usufrui de algumas práticas do Tantra para promover a consciência corporal e espiritual como a respiração e o toque da massagem, por exemplo, bem como técnicas recentes como a bioenergética, a PNL e os estudos de Sigmund Freud, Carl Jung, William Reich e Joseph Kramer – os três primeiros prepararam terreno para a Terapia Tântrica visto que mostraram ao mundo que todas as disfunções contemporâneas estão relacionadas a uma sexualidade reprimida.
A TTT não se limita às massagens Yoni e Lingam (nas genitálias da mulher e do homem), estas são somente duas das diversas técnicas empregadas no processo terapêutico que preza pela consciência corporal e ativação da energia sexual. Há outras técnicas corporais sem a necessidade da nudez da cliente como as técnicas de reflexologia, respiração e movimento e 112 meditações para a elevação da energia orgástica, por exemplo. Inclusive, o Tantra é conhecido como som, respiração e movimento. Logo, por meio do meu trabalho como terapeuta, você pode contratar apenas uma sessão de massagem ou um pacote terapêutico completo que vai abordar questões mais profundas desamarrando couraças e ressignificando a vida.
O que é massagem tântrica taoísta
A massagem tântrica taoísta é uma das técnicas aplicadas – e a mais pedida – no processo terapêutico. Esta técnica não é original e foi desenvolvida por profissionais tântricos modernos nas últimas décadas com o objetivo de solucionar questões sexuais dos clientes. É entendida como um importante instrumento de cura e profunda capacidade de remover bloqueios sexuais e energéticos. Ao receber a massagem, seja ela corporal ou genital, a pessoa desenvolve autonomia sobre o próprio prazer e desenvolve autoconhecimento sobre sua anatomia corporal despertando assim para um nível elevado de saúde e bem-estar, capacitando-se para se amar e se respeitar de forma mais profunda, além de promover sua potencialidade orgástica e desenvolvimento espiritual.
Esta prática é considerada sagrada pelos profissionais do Tantra e por isso é um trabalho de valor inestimável. Eu fico fula da vida quando questionam o investimento da minha sessão. Eu trato do espirito da pessoa, promovo cura do corpo e da sexualidade. Não é qualquer massagem. É um trabalho muito profundo e de extremo envolvimento energético e espiritual meu também. Não é qualquer técnica de massagem aprendida ali na esquina. Poucas pessoas no planeta estão aptas a ensinar Tantra.
E são mais raras ainda as pessoas que saem de um curso e se consideram aptas a praticar o que aprenderam de forma profissional. É uma entrega que requer muita coragem, muito coração, muito sangue frio. É uma profissão que não se escolhe por dinheiro, se escolhe por missão de vida. Tocar na energia Kundaliní de alguém é algo muito sagrado e não se faz num estalar de dedos. É preciso muita prática. É preciso comer muito capim. É preciso incorporar a energia passiva de Shakti e equilibrá-la com a ativa de Shiva, é preciso potencializar um poder curativo que se tira não se sabe de onde e se equilibrar com uma humildade que eu sei de onde… da consciência de que eu sei que o poder da cura da minha cliente não está em mim e sim nela e que eu tenho de deixá-la segura e fortalecê-la para que ela saiba disso e se cure… Porque eu sou a minha deusa e só eu posso me curar e ela é a própria deusa dela e só ela pode se curar. E o mesmo eu afirmo sobre os homens que atendo, só eles podem se curar e eu me limito a ser um instrumento de amor incondicional e intencional de cura.
E aí, gostou?
Então, que tal marcar a sua primeira sessão de terapia tântrica taoísta comigo, hein hein?! Eu atendo num bairro no Centro do Rio de Janeiro e você pode conferir minhas referências profissionais no www.abratantra.org ou ainda me acompanhar no “II Congresso Internacional Abratantra: do tantra à terapia” que vai ocorrer agorinha, de 27 a 29/10 em Salvador, na Bahia. O evento terá como congressistas os melhores tântricos do planeta como Paula Fernanda, Ananda Prem, Deva Nishok e Gabriel Saananda.
Está tudo no www.abratantra.org. Corre lá e se inscreva… quem sabe não pegamos o mesmo vôo, né?!
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