Vibrador: saúde e juventude!

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Vibrador: saúde e juventude!

Por Karina Brum*

Embora existam pesquisas brasileiras escassas sobre os benefícios do uso do vibrador, vale ressaltar que os massageadores do prazer são fundamentais para a manutenção da nossa felicidade. Estudos publicados em 2017, pela empresa Statista, afirma que quase 80% das mulheres nos EUA, possui pelo menos, um vibrador.

O Departamento de Psicologia e Psiquiatria da Clínica Mayo que fica em Rochester, MN, EUA publicou em artigo científico que menciona os benefícios alcançados com o uso terapêutico dos vibradores. Esse estudo foi realizado enquanto tratamento para pessoas  que relatavam sofrer de disfunções sexuais e também, para o aprimoramento sexual.

Essa tese reforçou a importância que as ondas vibratórias ofereciam enquanto estímulo vascular no tratamento da disfunção sexual associadas com o acolhimento psicoterapêutico. A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA classifica os vibradores como “um dispositivo terapêutico obstétrico e ginecológico” para o tratamento de disfunções sexuais (Stabile, 2013). 

Em solo brasileiro, por mais que exista muita divulgação dos Sex Shops, pouco se fala da importância medicinal dos aparelhos vibratórios. E pasmem, apenas 13% da população feminina maior de 18 anos, relata ter tido acesso ao vibrador e quando vão em busca dessa ferramenta, essas mulheres estão passando por processos de luto, seja pelo divórcio ou morte.

Entendo que culturalmente falando, falta muita informação com conhecimento seguro e saudável. Os vibradores são ferramentas de autoconhecimento e podem oferecer muito mais saúde do que qualquer pílula milagrosa da juventude.

A mecânica do movimento sexual nos faz contrair toda a região pélvica durante o orgasmo e isso aciona automaticamente a liberação de hormônios do prazer e da felicidade – isso acontece devido a ativação do hipotálamo e da hipófise, desencadeando um “banho orgástico” cerebral.

Por isso, super recomendo o uso de vibradores –  a intenção terapêutica é para aprimorar o autoconhecimento e auto exploração por meio do toque. O toque evoca sensações de prazer em todo nosso corpo. 

E é obvio, que cada mulher é única e por isso, exige um certo estudo para adquirir seu “vibraamor”. O que foi bom para sua amiga não será tão bom para você. Cada uma de nós tem um gatilho sensorial diferente, se excita com estímulos diferentes, e temos clitóris e vulvas anatomicamente “diferentes”. 

Vou deixar aqui algumas dicas para você acertar de primeira na hora da compra do seu vibrador. 

Em pensamento, responda 1° para si:

1 – Meu orgasmo é clitoriano (fricção externa) ou vaginal (fricção na entradinha)?

2 – Prefiro ser massageada por superfícies “duras” ou “macias”?

3 – Gozo rápido se for estímulo intenso ou calmo?

4 – Prefiro ser “sugada” ou “lambida” na hora do sexo oral?

5 – Me excito mais rápido em superfícies frias ou quentes?

Respondendo essas perguntas acima, ficará mais fácil de acertar na escolha do seu brinquedinho erótico. Agora, se você leu, pensou e deu “tela azul”, manda uma mensagem pra mim e agende seu horário de aconselhamento.

Afinal, Ka entre Nós, o primeiro passo para uma relação saudável e feliz é saber como seu corpo funciona nesta jornada química em busca do prazer. 

Até a próxima,

Beijos da Ka

Karina Brum é psicóloga e sexóloga. E tem como propósito desmistificar tabus, preconceitos socioculturais e crenças limitantes, oferecendo ferramentas que libertem a pessoa para seguir sua vida de forma singular. Além de falar sobre as demandas sexuais e da sexualidade humana, de forma divertida, científica, às vezes meio irônica, porém sempre muito sensata.

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