Swing: para a maioria dos casais portugueses, a relação melhorou com a prática

swing em Portugal

Swing: para a maioria dos casais portugueses, a relação melhorou com a prática

Mais de 70% dos casais considera que a relação ficou mais feliz e satisfatória em termos emocionais e sexuais desde que se iniciaram no swing. É o que revela pesquisa realizada pela Flame Love Shop. A maioria teve o primeiro contacto com este universo através da Internet/apps ou de casais amigos.

Apesar de ser considerado um universo pouco conhecido, todos já ouvimos falar de swing. É uma prática sexual em que um casal procura uma pessoa ou outro casal para participar em relações íntimas.

De acordo com o tipo de práticas – que podem envolver a troca de casais, o sexo em grupo ou a observação – o swing pode ser “soft”, quando se limita apenas a carícias, ou “full”, ao incluir atos sexuais.

Para avaliar a percepção e a vivência desta prática, a Flame Love Shop de Portugal realizou uma pesquisa em que participaram homens e mulheres entre os 21 e os 65 anos.

A larga maioria dos participantes praticantes considera que o swing resultou na melhoria da relação em termos emocionais (73,1%) e sexuais (80,8%).

Apenas 7,6% evidenciaram um sentimento contrário relativamente à experiência.

Perfil do casal swingueiro português

Apesar de 30,8% ter tido o primeiro contacto com este universo através de casais amigos/conhecidos e de 26,9% através de um clube de swing, são em maior número aqueles que escolhem as novas tecnologias. 34,6% tiveram contatos iniciais através da Internet ou de aplicativos.

Em termos de práticas, 38,5% dos participantes trocou de parceiro logo na primeira vez, prática que é também a preferida de cerca de 58% dos casais. 19,2% fizeram sexo em grupo, uma preferência de 30% dos casais. 19,2% se ativeram a observação e outros 19,2% apenas trocaram carícias com outros casais.

Cerca de 39% dos casais procuraram o swing por curiosidade. 27% para quebrar a rotina e pouco mais de 23% com o objetivo de aumentar o prazer sexual.

Quando questionados sobre qual o elemento do casal que tomou a iniciativa, mais de 60% aponta ter sido uma ideia de ambos os parceiros, cerca de 31% do homem e apenas 8% da mulher.

E de quem nunca experimentou…

Entre os que declararam nunca ter tido experiências swing, no total, cerca de 68% dos participantes, pouco mais de 44% assume vir a praticar no futuro.

37% recusa totalmente a ideia. Cerca de 15% gostaria mas o/a companheiro/a não quer e 3,7% assume que o parceiro/a tem vontade mas é o próprio/a a recusar.

No entanto, mais de 50% acredita que o swing pode ajudar a melhorar a vida emocional e sexual do casal.

6 Conselhos para iniciantes no swing

Antes de se iniciarem no swing, “é fundamental que o casal esteja em sintonia e tenha uma relação forte”, sublinha Irina Marques, especialista em Sexologia Educacional e diretora da Flame Love Shop. “A importância da comunicação ao longo de todo o processo é também um dos aspetos que realçamos a todos os casais que nos procuram com dúvidas e receios. E a eles podemos prestar toda a orientação inicial para que a experiência aconteça nas melhores condições”. 

A especialista deixa alguns conselhos para iniciantes:

1)      Avance apenas se tem uma relação forte e consolidada

Deve existir sintonia e confiança entre os elementos do casal e ninguém deve ser forçado a nada. Tenha ainda em atenção que o swing não serve para salvar relações, mas sim para apimentar e quebrar a rotina.

2)       Mantenha um diálogo aberto com o parceiro

A comunicação é o fator crucial em todas as fases do processo. Antes de avançar, o casal deve dialogar sobre as suas expetativas para não ser confrontado com surpresas menos agradáveis.

É essencial que a comunicação se mantenha depois de cada experiência.

3)       Defina regras e limites claros

Como existem diferentes práticas no swing, o casal deve definir as suas próprias regras e limites.

Por exemplo, estarem sempre no campo de visão um do outro e concordar se devem ou não beijar terceiros ou praticar sexo oral.

As regras podem ser ajustadas ao longo do tempo, de acordo com as necessidades e evolução do casal.

4)       Perca o receio, ninguém o/a vai obrigar a nada

Apesar da curiosidade, há quem nunca dê o primeiro passo por receio. Fique sabendo que no universo swinger – clubes ou festas privadas – a regra mais valiosa e respeitada por todos é o “não”.

Por isso, você pode frequentar estes espaços apenas para observar e usufruir da excitação do ambiente. Avance para outras experiências só quando estiver com segurança em relação a prática.

5)       Escolha um local adequado

Encontrar um local adequado ao primeiro contato com o meio swinger é essencial. Alguns que estabelecem contatos prévios online acabam por ter a primeira experiência num ambiente mais privado, na própria casa ou de casal conhecido.

Mas, quando a opção é selecionar um clube, deve informar-se sobre as suas caraterísticas e ter em atenção que os verdadeiros clubes de swing são exclusivos para casais.

O acesso realiza-se, por norma, através de referências de outros casais ou contato e registro prévio junto do espaço.   

6)       Tire partido das plataformas online

Existem na Internet plataformas nacionais e internacionais, onde pode inscrever-se enquanto casal.

Através destas plataformas é possível pesquisar e comunicar com outros casais, de acordo com a área geográfica, interesses, preferências e caraterísticas físicas.

Estas plataformas dispõem normalmente de espaço de conversação e informações sobre clubes, eventos e swing na generalidade.

Atualmente, a plataforma com mais expressão em Portugal é a SWPT.org.

* Texto enviado por Jorge Souza nosso correspondente em Lisboa.

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