A rotina é cada vez mais corrida e recheada de tarefas. E por isso, mesmo quando existe um intenso sentimento, casais podem se perder um do outro por uma simples questão desalinhamento de sintonia. O ritual tântrico procura restabelecer a união por meio da leveza, sutileza e cuidado um com o outro.
Carol Teixeira, escritora, filosofa e mestra tantra explica que o ritual se difere de terapias ou qualquer outra estratégia de restabelecimento da união entre homens e mulheres. Essa abordagem procura sensibilizar o casal um para o outro.
“É uma reconexão intensa dos dois que passam a experimentar novas formas de conexão, sensações e prazeres à níveis energéticos, emocionais e espirituais”, define.
De acordo com a mestra, o ritual tântrico é baseado na suavidade. De forma que o casal possa se libertar de amarras sociais que lhe ditam papéis e os colocam em estado de aceleração.
“Todo o trabalho é realizado no sentido de empoderar homens e mulheres para que a relação comece a fluir de maneira mais sutil. Pois o casal também desempenha um papel. O ritual tântrico procurar devolver a vulnerabilidade e atingir a sensibilidade de um para como o outro”, explica.
E não é nada complicado: comece por um gesto simples
Uma das primeiras reflexões propostas pelo ritual tântrico é olhar nos olhos. Um gesto simples, mas que devido aos papéis sociais citados por Carol, passam despercebidos.
“O casal passa a se redescobrir no âmbito da sutileza. E isso vai agregar no âmbito da potencialização do amor e consequentemente na sexualidade. Muitos dos casais que atendo se emocionam nessa hora. Justamente porque percebem quanto tempo passaram sem olhar um para o outro, sem se perceber, pois o olhar diz muito”, aponta.
O ritual tântrico busca ainda desacelerar o casal. Além de levá-los a um estado de catarse atingido por meio da meditação.
“A meditação tântrica convida o homem e a mulher a reviver emoções passadas. Essas emoções, muitas vezes, podem ter gerado bloqueios no corpo. Esses bloqueios podem impactar o relacionamento e a mente. Após identificar, reviver e se deixar ser vulnerável, é possível reprogramar a mente e o corpo para a sutileza. Para o tempo do corpo, que é lento”, explica.
Ao contrário do senso comum, é apenas após a sensibilização do casal que entram os toques específicos do tantra.
“Após se olharem nos olhos por muito tempo, o casal começa a se despir emocionalmente. Isso os leva a um estado de elevação da conexão, que se torna mais profunda. A partir disso, é hora experimentar toque mais densos. Toques que vão atingir partes específicas de energia, amplificando as sensações percebidas pelo corpo”.
Mas como buscar o profissional correto para auxiliar o casal?
Em caso de interesse, Carol Teixeira orienta que o casal precisa encontrar um mestre ou mestra que possa conduzi-los no caminho de espiritualidade.
Para isso, é importante que se entenda a história desse profissional com o tantra. Além de se identificarem com a abordagem trabalhada por ele.
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