Ao contrário do que se pensa, o desejo não está relacionado apenas às questões hormonais – a testosterona é o principal, mas outros fatores interferem no apetite sexual: ansiedade, alimentação e hábitos saudáveis.
De acordo com o dicionário, libido é a procura instintiva de prazer sexual, é o desejo e energia que está na base das transformações da pulsão sexual.
O urologista e sexólogo Dr. Danilo Galante, formado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com doutorado na USP, explica: “Libido é basicamente o desejo sexual que as pessoas sentem a partir de algum estímulo, seja visual, auditivo ou olfativo.”
A oxitocina, considerada o hormônio do amor e da felicidade também tem um papel importante no desejo sexual e no ato sexual em si.
Descobertas científicas recentes apontam que uma pessoa tem mais chance de ficar excitada por conta de jogos do cérebro do que por estímulos físicos. Sendo assim, a libido aparece muito mais quando se pensa em sexo do que a prática em si, quando feita sem muito entusiasmo.
Não importa a idade e nem o momento. O que desperta curiosidade nas pessoas é como a libido se manifesta diferentemente em homens e mulheres.
Conheça alguns mitos e verdades que o Dr. Danilo listou sobre o assunto:
1) Diminuição de libido configura uma das principais queixas dos consultórios de urologia.
VERDADE. O sintoma pode ter origem no uso de medicações, utilização de drogas ilícitas, alterações hormonais ou problemas psicológicos. A recomendação é ir a um urologista ou especialista em sexologia para entender o que está acontecendo.
2) Uso de anticoncepcional diminui o desejo sexual.
VERDADE. Uso de anticoncepcional é a principal causa da perda de libido nas mulheres. Isto porque a pílula diminui os níveis de testosterona, hormônio que ajuda a aumentar o desejo sexual em homens e mulheres. Quando a testosterona está em baixa, fica difícil sentir vontade de manter as relações sexuais. Muitas vezes basta suspender ou mesmo trocar o anticoncepcional que a queixa desaparece.
3) Aspectos psicológicos como ansiedade podem conduzir à baixa libido ou perda de apetite sexual.
VERDADE. Se a causa da ansiedade for patológica, várias terapias psicológicas, incluindo terapias comportamentais, podem ajudar.
4) A gravidez aumenta a libido da mulher.
MITO. Não obrigatoriamente isso acontece. Sexo depende de todo um contexto que inclui parceiro, situação da casa, e como a gestante encara a gravidez.
5) Casos de aumento patológico da libido podem ser considerados vício em sexo, ou ninfomania.
VERDADE, desde que haja impacto na qualidade de vida da pessoa. Há pacientes que amam sexo e isto não atrapalha suas vidas. Esses casos não são considerados um problema.
6) A idade também impacta na sensação de libido dos homens e mulheres, principalmente após os 40 anos.
VERDADE. O avançar da idade certamente dificulta todas as fases do sexo (desejo, excitação, ereção e orgasmo). Com o passar dos anos, principalmente após os 40, há um queda na produção de testosterona, o que pode influenciar no desejo sexual de cada um. Nestes casos, a reposição hormonal pode ser indicada.
Dr. Danilo Galante – Formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com especialização em Urologia pela UNESP. Pós-graduado em Cirurgia Robótica pelo Hospital Oswaldo Cruz – SP, além de Fellow Observer of Johns Hopkins School of Medicine Brady Urological Institute Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery e doutorado na USP. Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life Support), atua em áreas diversificadas como Cálculos Urinários; Infertilidade (incluindo Reversão de Vasectomia), Disfunção Sexual e Cirurgia Robótica. Site: https://drdanilogalante.com.br/
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