Em nossos workshops e vivências, percebemos a dificuldade das mulheres em trabalhar a energia relacionada ao orgasmo.
É muito comum se considerar que o ápice da interação sexual seja produto das reações físicas ao estímulo sensorial e sexual, mas o orgasmo está muito ligado ao padrão mental e precisa da permissão cerebral para acontecer.
Em vivências e workshops, percebemos que as mulheres conquistaram muita liberdade de expressão verbal em relação ao sexo, ao prazer e ao orgasmo, mas grande parte tem reações físicas que demonstram o inverso.
Dores na virilha e contrações da parte interna das coxas e glúteos é uma resposta física que bloqueia a energia orgástica e pode ser interpretada como um sinal de que a mulher tem dificuldades em trocar energia sexual e se sente pressionada ou culpada por sentir prazer.
A quantidade de procedimentos estéticos e aquisição de cosméticos que são realizados ou sonhados pelas mulheres sinalizam para um desejo interior de mudar a aparência e a forma física e isso, em si, não é um problema, mas indica que há um incômodo com a aparência e auto aceitação que transparece na dificuldade em relaxar e interagir durante o sexo.
Uma forma muito simples de trabalhar a auto aceitação é a aproximação com arquétipos femininos mais ligados à sedução e sexualidade.
É possível encontrar todo tipo de feminilidade retratada em divindades que são ou foram cultuadas por diferentes culturas.
Egípcios, sumérios, celtas, yorubas, gregos e romanos nos legaram panteões muito ricos e diversos, que podem ser estudados para ajudar no autoconhecimento.
Ártemis, Bast e Yansã, por exemplo, são arquétipos de mulheres sexualmente independentes.
Oxum, Afrodite e Hathor representam o amor, a sedução e o erotismo.
Qualquer mulher pode aproximar-se de um padrão feminino que represente suas características para, através do modelo escolhido, entender melhor suas ações e emoções.
A partir da identificação com um arquétipo, é possível buscar aprimorar os pontos positivos, trabalhar os negativos e acima de tudo, expressar melhor o que há no interior, na busca de mais prazer e amor próprio.
Vale a pena dedicar um tempo para descobrir um universo arquetípico que pode ajudar a entender melhor as interações e relacionamentos amorosos.
E não existe receita pronta, mas a chave é a vontade de encontrar a deusa, a energia do sagrado feminino que existe dentro de si, a fonte do prazer sem culpa, que ultrapassa o corpo e a forma física.
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