Indicado para quem quer se conhecer melhor e ter controle sobre o orgasmo, o Edging pode ser feito em solo ou em boa companhia
Já passou pela sua cabeça, o quanto seria bom dominar a arte de controlar os seus orgasmos e até desenvolver a sua capacidade de tê-los cada vez mais fortes e intensos na hora em que você desejar?
Pois isso é possível. Exige um pouco de treino, mas é um caminho de autoconhecimento formidável para aqueles que são pacientes e tem o dom de observar e pesquisar suas reações corporais sem medos.
Apesar de ser uma técnica já recomenda em alguns casos de terapia sexual e utilizada por alguns adeptos do BDSM, o Edging ainda está sendo pesquisado no mundo todo quanto à sua eficiência. Mas mal nenhum faz você experimentar.
A urologista, cirurgiã pélvica e educadora sexual Rena Malik definiu o edging em entrevista para o Yahoo da Espanha semana passada, como uma técnica para controlar o orgasmo ou essencialmente tentar chegar à beira do clímax para atrasá-lo. Isso pode ser praticado em solo ou em boa parceria e em diferentes modalidades sexuais, seja penetração, masturbação ou sexo oral.
Vantagens do Edging
Da mesma forma, a especialista em educação sexual Evie Plum, entrevistada pelo The Health, acrescenta que essa técnica, que consiste basicamente em parar quando você está prestes a atingir o orgasmo, é recomendada para aumentar o vigor sexual e ajudar quem tem ejaculação precoce e aqueles que lutam para atingir o orgasmo em geral.
Para a Dra. Malik, entre as vantagens do edging está, em primeiro lugar, o potencial de aumento do prazer, pois à medida que você atrasa o orgasmo, a tensão aumenta e esta libera mais quando o orgasmo finalmente ocorre, o que causa maior prazer.
Outra vantagem é que, quando praticada em casal, ela oferece oportunidades para melhorar sua conexão com seu parceiro. “Isso permite que os casais explorem suas experiências juntos e até cheguem ao orgasmo ao mesmo tempo, o que pode levar a uma maior intimidade”.
Além disso, pode ser um processo de aprendizagem porque permite ver que tipo de estímulos são mais ou menos prazerosos, conhecer melhor o próprio corpo, o que também é uma vantagem da masturbação e do uso de vibradores, e também nos permite treinar em como ter maior controle para que as relações sexuais durem mais e conseqüentemente tenham maior prazer.
Por fim, Malik destaca o valor dessa técnica para tratar a ejaculação precoce, que é ejacular antes que você ou seu parceiro queira, e geralmente ocorre nos primeiros dois minutos da relação sexual, o que pode causar frustração ou angústia.
Para praticá-lo em virtude de melhorar essa condição, a especialista recomenda que, ao sentir que está prestes a atingir o clímax, pare por 30 segundos e depois retome. A pressão também pode ser adicionada na base do pênis para parar e retornar.
Como funciona o Edging?
A questão é que isso funciona porque o corpo, quando está excitado e se preparando para atingir o orgasmo, coordena o cérebro, com exibição hormonal, frequência cardíaca, respiração e circulação sanguínea, pressão arterial, área genital até que resulte em um orgasmo.
Quando esse processo é interrompido, ele aumenta, tornando-se mais poderoso quando recomeça. A excitação se mantém por mais tempo e no momento do clímax tudo deve surgir com sensações multiplicadas.
O Edging funciona para todo mundo?
No entanto, isso não é para todos. Há quem consiga viver a experiência com muito prazer, e há quem precise se concentrar demais para conseguir atingir o estado que antecede o orgasmo, e se parar pode perder o fio e não conseguir.
É por isso que é necessário nos casos em que o exercício seja feito em solo, paciência e uma certa dose de alto indulgência, tipo “hoje não deu certo, outro dia tento de novo, e tudo bem”.
E quando feito em parceria que haja um acordo sobre a prática e para que os pares estejam em sintonia ao fazê-la pela primeira vez, do tipo ” vamos tentar, se der certo, maravilhoso, e se não der certo, tudo bem, também”
Por outro lado, esta prática pode ser contraproducente se ocorrer o que é conhecido como hipertensão epididimária ou epidídimo, que nada mais é do que o que é coloquialmente conhecido como cojonera ou síndrome da bola azul,que, de acordo com o Medical News Today, são dores nos testículos causadas pelo acúmulo de sangue na área devido à excitação sexual que não culmina em orgasmo.
Mas esta também não é uma condição séria, simplesmente aliviará quando o fluxo sanguíneo voltar ao normal. Deve-se notar que as mulheres também podem sentir vasocongestão ou congestão pélvica, mas também serão aliviadas quando atingirem o orgasmo ou o estado de excitação terminar.
Todavia, em casos onde o Edging é usado para conquistar um orgasmo que nunca chega, como em anorgasmia , disfunção erétil e ejaculação precoce sempre é bom um acompanhamento médico terapêutico, visto que muitas vezes nesses quadros há causas biológicas e psicológicas que podem distorcer o processo de excitação, que é vital para que se alcance bons resultados nessa prática.
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