Por Karina Brum
Celebrar o Ano Novo não deve ser apenas virar o calendário, mais sim, realizar uma construção intima que te reorganize, que lhe dê tempo, poder e fé. O bacana de estudar antropologia da sexualidade é entender que tudo tem um porquê.
Nos registros históricos, a celebração do ano novo recebia várias interpretações. Cerca de uns 2.000 a.C, a população mesopotâmica celebrava o ano novo acreditando que se plantassem e houvesse uma colheita abundante, haveria uma renovação na ordem social e o mundo iria ser “refeito”.
Já no Egito antigo, a celebração do ano novo estava alinhada dentro do ciclo do rio Nilo – após as cheias o mundo se renovaria. Os romanos celebravam em formato de homenagem ao Deus Jano – responsável pelos começos e passagens. Em resumo, a base da celebração do Ano Novo é um ato político, religioso e de organização social.
E entendo que a função social dessa data, realmente esteja atrelada em marcar o tempo e organizar a vida, seja individual ou coletiva. E acredito que psicologicamente é importante existir diálogos internos que nos façam pensar e agir.
O Ano Novo possui significado simbólico para as funções psíquicas. Nesse momento, se faz necessário elaborar fechamentos e processos emocionais. Planejar recomeços como ferramenta de enfrentamento é a chave de qualquer proposito.
Então, a palavra-chave que não pode faltar na sua mente é: resistência. Não desista de fazer o melhor por si e pelo outro. Entenda que aquilo que é incrível para nós, nem sempre será para o outro. E ter coragem para viver e sobreviver é para poucos. E entenda, as pessoas pensam diferente e sentem medo de tudo aquilo que for alheio ou desconhecidos a ele.
Que esse ano de 2026 venha repleto de ternura, energia libidinal, crescimento pessoal e saúde para todos os povos.
Beijos da Ka,












