Tipo raro de parassonia pode acometer algumas pessoas com uma espécie de sonambulismo sexual.
Considerada como um distúrbio do sono, a sexônia pode levar os seus portadores a se masturbarem, fazerem vocalizações sexuais, tocarem seus pares e até iniciarem relações sexuais ou atingirem orgasmos – tudo enquanto estão dormindo!
Segundo um estudo realizado em 2017, apenas 17 casos foram relatados em 16.000 pacientes estudados, sendo que 47% dos pacientes tinham um histórico de sonambulismo e/ou terrores noturnos.
Isso pode explicar porque a maioria das pessoas que sofrem dessa doença também não se lembram de nada ao acordar sobre o que fez ou disse durante a noite, bem como podem acordar confusos.
Assim como outros distúrbios do sono, como insônia e sonambulismo, certos comportamentos e atividades podem agravar a sexônia, como estresse ou ansiedade, consumo de álcool, privação de sono, más condições de sono, viajar e até dividir a cama.
Afetando os homens na proporção de 3:1, com maior incidência entre os mais jovens adultos, a sexônia pode variar em frequência de indivíduo para indivíduo.
Entre as mulheres portadoras dessa condição, existe uma predominância da masturbação como comportamento sexual durante o sono. Em contrapartida, entre os homens, esses comportamentos tendem a variar mais.
Sexônia X Polução Noturna
É importante lembrar que os episódios de Sexônia não tem nada a ver com a Polução Noturna.
A sexônia, assim como sonambulismo e o terror noturno, é categorizada como um distúrbio do sono do tipo parassonia do sono não-REM, acontecem em zonas limítrofes do ciclo das fases do sono, em que a consciência adormece, mas a parte motora nem tanto.
Por isso, se caracteriza por ações como masturbação, gemidos e até mesmo toques nos parceiros, porém com dificuldade para despertar do sono.
Já no caso da Polução Noturna é uma ejaculação noturna que acontece de forma involuntária durante o sono, na fase REM, geralmente quando se tem um sonho erótico, como consequência da fisiologia do orgasmo e sem ações motoras como a masturbação, por exemplo.
O que pode também acontecer com as mulheres tendo orgasmos involuntários enquanto dormem.
Diagnóstico e tratamento
Em geral, os portadores de sexônia não sabem de sua condição, até que pessoas próximas, como seus parceiros, familiares e colegas de quarto lhe avisem de seus comportamentos durante o sono.
Embora seja rara, a sexônia é tratável, podendo ser controlada. É diagnosticada em uma clínica do sono.
O tratamento inclui a redução do consumo de drogas e álcool, e observação e acompanhamento de outros distúrbios do sono que possam estar combinados, além de outros fatores como ansiedade, estresse e depressão subjacentes.
Alguns especialistas recomendam também a terapia para ajudar a processar sentimentos negativos inconscientes que podem estar desencadeando a sexônia.
Para os casais em que haja ocorrência de sexônia, a comunicação aberta é essencial, pois a questão do consentimento pode se tornar um problema para parceiros dos portadores da doença.
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