Divulgado amplamente na mídia internacional na semana do Orgasmo, protótipo conseguiu fazer com que um masturbador reproduzisse os pensamentos do usuário através das ondas cerebrais decodificadas por inteligência artificial
Um dia depois de conversar muito com a Paula Aguiar sobre a teoria de que os smartphones já podem estar “escutando” nossos pensamentos ao nos apresentar anúncios relacionados ao que estamos pensando, me surge essa notícia.
A proeza só poderia ter sido realizada pela Autoblow, marca americana de masturbadores que sempre está pesquisando o automatismo desse tipo de sextoy desde sua origem, numa busca incessante para descansar as mãos dos usuários durante a masturbação, e agora, usando apenas a mente.
Quem é fã de sextechs já deve ter ouvido falar da versão do Autoblow comandado por voz, e outra anterior ainda a esta, que se conecta ao porta copos de carros para que você possa ter uma viagem ainda mais estimulante enquanto dirige.
A tecnologia por trás desta inovação agora comandada pela mente envolve o uso de eletroencefalografia (EEG) para detectar e interpretar as ondas cerebrais. Eletrodos de EEG são colocados no couro cabeludo do usuário, que analisa a atividade elétrica do cérebro.
Esses sinais são então traduzidos em comandos que controlam os movimentos e vibrações do masturbador. Ao utilizar a tecnologia de interface cérebro-computador, esta versão mais inteligente do Autoblow também expande as possibilidades para pessoas com mobilidade limitada ou deficiências físicas.
Sem falar que, ao ser controlado pela mente, oferece um nível aprimorado de personalização, permitindo ao usuário o ajuste da intensidade e do padrão das vibrações, adaptando o produto aos seus desejos e preferências.
Privacidade e segurança também são priorizadas, mantendo os dados gerados pelos sensores EEG em sigilo e criptografados, garantindo a proteção das informações do usuário.
Como funciona
Do projeto ao protótipo, a equipe levou cerca de três meses para conseguir movimentar um masturbador com a mente de um humano. Para criar o protótipo, eles estudaram o hardware e criaram blocos de aprendizado para mapear as funções da máquina, coletando horas de dados das ondas transmitidas de um participante humano.
Mas se você está pensando que o masturbador veria, sentiria e reproduziria alguns movimentos que os orifícios penetráveis de um corpo humano normalmente reagiriam às suas ações eróticas em sua fantasia sexual, calma. Ainda não é assim.
O que os pesquisadores fizeram foi mapear o que o cérebro faz ao pensar em movimentos de braços e pernas para diferentes modos de Autoblow. “Nós carregamos o modelo para o usuário em particular. Em seguida, alimentamos fragmentos contínuos de dados radiais enquanto o usuário imaginava uma dessas quatro extremidades do corpo se movendo ou não”, disseram eles.
Sendo capaz de classificar essa intenção em tempo real significa que o usuário pode controlar os modos do dispositivo – iniciar, acelerar, desacelerar, terminar – pensando em mover cada membro correspondente a esses comandos.
Ainda demora chegar no mercado
Que o feito já foi feito, parece que ninguém duvida. Porém, o protótipo ainda está longe de virar um produto erótico a ser encontrado em sex shops, visto que ainda é preciso fazer vários ajustes, principalmente no que diz respeito à experiência do usuário com o Autoblow.
A princípio não parece tão sexy colocar uma touca de eletrodos na cabeça para conseguir uma masturbação guiada pela mente. O criador e desenvolvedor do Autoblow, Brian Sloan disse à Vice que o headset EEG usado neste protótipo era desconfortável, mas acessível para uma equipe de pesquisa porque era barato.
Headsets de nível de pesquisa podem custar dezenas de milhares de dólares. “De qualquer forma, com o tempo, como toda tecnologia, os preços diminuirão ou poderão se tornar implantáveis como o Neuralink, eliminando a necessidade deles e abrindo um enorme mercado para usos sexuais.”
Headsets de nível de consumidor como os feitos pela Emotiv podem ser mais confortáveis e menos caros, mas é necessário ainda alguma habilidade técnica para configurar. “Um caminho mais definido é um implante como o Neuralink de Elon Musk. A princípio, o controle de dispositivos sexuais só será possível quando as pessoas obtiverem um implante BCI (interface cérebro-computador) por um motivo médico”
A Neuralink, empresa de implantes de Elon Musk, recebeu recentemente a aprovação do FDA para testes clínicos em humanos.
Mas o futuro nos espera
Em entrevista para o Daily Star, Sloan não esmorece e mostra sua paixão pela tecnologia “como o Autoblow e outros dispositivos sexuais podem se conectar ao Wi-Fi, no futuro, essa tecnologia pode funcionar igualmente bem para um indivíduo ou para qualquer número de indivíduos conectados pela Internet em qualquer lugar do mundo”.
Em teoria, o headset também poderia ser usado por uma pessoa, e o masturbador usado por outra – o que significa que você poderia comandar o orgasmo dessa outra pessoa só com a força do seu pensamento.
“Isso transcenderá a experiência humana normal, dando-nos uma habilidade sexual completamente nova” comenta em entrevista ao Metro do Reino Unido.
Com informações de Vice, Metro, NY Post, Fagen Wasanni Technologies e Daily Star
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