Se por um lado o medicamento pode aumentar os níveis de fertilidade entre as mulheres, pesquisa mostra que redução dos níveis de testosterona está entre as consequências do uso do medicamento por homens
Não faz muito tempo comentamos aqui que o uso de canetas emagrecedoras estariam promovendo como efeito colateral gravidez inesperada entre suas usuárias. Agora essa semana, o alerta de outra reação adversa está sendo feito para os homens.
Com o aumento da popularidade do medicamento Ozempic, da Novo Nordisk, para o controle do diabetes tipo 2 e perda de peso, um novo estudo publicado no International Journal of Impotence Research (IJIR) traz à tona preocupações significativas quanto aos potenciais riscos à saúde dos homens.
A pesquisa revela que o uso de Ozempic pode ocasionar a redução dos níveis de testosterona no corpo masculino, resultando em possíveis efeitos adversos, como perda da libido e disfunção erétil.
O medicamento Ozempic, reconhecido por sua eficácia no emagrecimento, tem sido cada vez mais utilizado para fins estéticos, embora sua indicação principal seja para o tratamento do diabetes tipo 2 e obesidade.
De acordo com o estudo, a semaglutida, ingrediente ativo do Ozempic, aprovado pela Anvisa para o tratamento da obesidade, tem sido associada a um impacto negativo na regulação dos níveis de testosterona nos homens.
Profissionais de saúde alertam que o uso indiscriminado do Ozempic sem a devida supervisão médica pode acarretar sérias consequências à saúde masculina.
Dr. Tiago Mierzwa, urologista e andrologista que é especialista em saúde sexual masculina, enfatiza a importância de compreender os perigos associados ao uso sem acompanhamento médico e inadequado do medicamento, especialmente para homens saudáveis que buscam seus benefícios estéticos sem atendimento médico adequada.
“O Ozempic, quando usado sem critério e fora das indicações médicas apropriadas, pode expor os homens a problemas graves, como a perda da libido e o desenvolvimento de disfunção erétil. É fundamental compreender que mesmo pessoas saudáveis podem enfrentar complicações ao recorrer a medicamentos de forma indiscriminada, especialmente quando não há uma necessidade clínica específica”, alerta Dr. Tiago Mierzwa.
Além dos possíveis efeitos sobre a libido e a função erétil, o estudo ressalta os riscos associados ao uso de Ozempic em homens não diabéticos e obesos, abordando a preocupação em torno da diminuição dos níveis de testosterona como fator desencadeador de complicações sexuais.
“Tanto nós da comunidade médica quanto a população em geral deve ser lembrada da importância da buscar orientação profissional qualificada antes de iniciar qualquer tratamento com Ozempic, assim como qualquer medicamento da moda, e a aderir estritamente às diretrizes médicas para seu uso apropriado, visando a prevenção de potenciais efeitos adversos à saúde”, finaliza.
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