De acordo com o Dr.Lauren Streicher da Escola Feinberg de Medicina na Northwestern University em Evanston, Illinois, os ginecologistas precisam falar sobre seu uso médico dos vibradores com pacientes que tem disfunções sexuais.
Em sua fala durante a reunião anual do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) publicada pelo MedPage Today, Dr. Lauren explica que a disfunção orgásmica adquirida é comum entre pacientes com uma variedade de enfermidades, incluindo mulheres com doença vascular e doença neurológica, também aquelas que estão passando por quimioterapia e ou que tomam inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs).
Os tratamentos para a disfunção orgásmica adquirida podem incluir aconselhamento, terapia sexual, tratamentos para aumentar o fluxo sanguíneo (terapia hormonal), fisioterapia do assoalho pélvico e prescrição de um vibrador.
Sim, os vibradores podem ajudar!
O médico que também é professor de ginecologia e obstetrícia, citou um estudo que examinou 500 mulheres, com idades entre 18 e 88 anos, com anorgasmia crônica. Um grupo recebeu psicoterapia e tratamento medicamentoso complementar e o outro grupo recebeu prescrição de vibrador clitoriano. No segundo grupo, 93% das mulheres tiveram um orgasmo desencadeado pela masturbação clitoridiana.
O uso de vibradores também é comum, de acordo com um estudo de 2009 que descobriu que mais da metade das 3.800 mulheres, com idades entre 18 e 60 anos, disseram usar um vibrador. Por isso, Dr. Lauren enfatizou o quanto é importante para os ginecologistas normalizar o uso do vibrador ao falar com seus pacientes.
“Quando eu ensino estudantes de medicina, eu lhes digo: ‘Nunca, nunca diga a uma paciente: Você tem um vibrador? Diga a elas: Quando você usa seu vibrador …’ Dessa forma, se eles tiverem um vibrador, elas se sentirão acolhidas. Se elas disserem ‘Eu não tenho um vibrador’, você diz ‘Sério? Hoje todo mundo tem um’ ”, afirmou.
Como funciona a disfunção orgásmica
Dr. Lauren também lembra que, se um orgasmo feminino envolve o sistema neurológico, o sistema vascular e os músculos pélvicos, quaisquer enfermidades ou tratamentos que afetem esses sistemas como vasculopatia, neuropatias ou doenças neurológicas (esclerose múltipla, lesão medular, disfunção do assoalho pélvico), podem estar associadas à disfunção orgásmica adquirida.
Atualmente o médico também está conduzindo um estudo baseado na teoria de que a mesma população de mulheres que têm neuropatia diabética também tem neuropatia clitoridiana, que pode incluir redução da sensibilidade do clitóris, um limiar mais alto de percepção vibratória e anorgasmia. “Já notamos que cerca de uma em cada três mulheres com diabetes tem anorgasmia”, adianta.
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