Por Marianna Kiss
“Arfando em cima do príncipe, enquanto o penetrava fortemente, Zanthor sentiu que ia gozar e intensificou os movimentos de penetração, sem piedade, até que inundou o submisso Príncipe, agora cativo, com seu esperma, experimentando uma sensação de choque de gozo que sacudiu todo o seu corpo.
Konath jazia em estado de choque, deitado de bruços no chão da barraca de Zanthor, que era coberto com algumas peles de búfalo. Saciado, Zanthor empurrou-o para o lado, com desprezo.
− Entendeu agora o que você é? Nada! – gritou o imundo estuprador, sem demonstrar afeto.
Desolado e sentindo-se abandonado pelos Provedores, Konath entregou-se à dor física e da alma, permanecendo imóvel, enquanto assistia seu algoz se vestir.”
Pense numa sexóloga sedenta por boas histórias lendo um livro inédito, sendo honrada ao escrever o prefácio e ainda recebendo o convite para falar sobre fetiche no lançamento? Uau… essa sou eu e este trecho que você acabou de ler é do livro “A Quinta Estação – O destino de Konath” de Anthony Pine.
A obra se passa no universo ficcional de Ehh-Katyyr e aborda, com muito fervor, a sensualidade e a sexualidade que permeiam as relações humanas a partir de observações e experiências do próprio autor. Anthony Pine promete abocanhar o público adulto de homens e mulheres com esse mix de ficção (hot), ocultismo e romance (LGBT+). E eu tomei a liberdade de saber um pouco mais da obra numa rapidinha com ele. Segue, só para te deixar com água na boca:
Kiss: Quem é Konnath? É o seu alter ego?
Pine: Konath é uma construção libertadora de possibilidades. A trajetória dele ao longo da narrativa expõe, às vezes metaforicamente, situações de vida que experimentei, outras vezes, partes de relatos de amigos ou conhecidos, sobre experiências vividas e o impacto psicológico que causaram.
Kiss: Como surgiu a ideia do livro?
Pine: Eu tive um problema de memória bem sério em 2003, e a psiquiatra que me acompanha desde àquela época me incentivou a escrever pequenas resenhas de textos e histórias, para estimular a memória. Como eu sempre gostei de ficção, comecei a criar textos curtos de ficção, que logo viraram esse projeto que hoje começa a se concretizar.
Kiss: O que te inspirou a criar esse universo tão diferente que é o Ehh-Katyyr?
Pine: Sempre tive imaginação fértil. Segundo minhas mães (foram 2), eu vivia mais no mundo da lua do que aqui na Terra. Filmes de ficção e desenhos animados que exploravam possibilidades e vivências impossíveis no mundo real, sempre me atraíram mais do que os convencionais. Ehh-Katyyr é um lugar imaginário, idealizado a partir de fragmentos de ideias, vivências, pesquisas e desejos.
Kiss: Além do protagonista, quais outros personagens são relevantes no livro?
Pine:Lahryn que é um personagem que terá mais protagonismo a partir do Livro 2. Yven, irmã do protagonista Konath, que terá bastante relevância no desenrolar da trama. E Daryneh, que protagonizará uma das cenas mais sensuais da trilogia, prevista para o Livro 2.
Kiss: Conte uma peculiaridade de Ehh-Katyyr.
Pine: Foi idealizado a partir da história da ilha Hy-Brazil + algumas histórias sobre o Triângulo das Bermudas. Não existe nenhum equipamento eletrônico em Ehh-Katyyr. Toda energia vem da força da água e de cristais.
Kiss: Qual é a sua cena predileta no livro?
Pine: A conversa da princesa Daryneh com seu pai, onde ele conta a ela sobre como foi sua história de amor. É também a cena mais leve da história, além de bastante significativa sobre o que é o amor.
Kiss: O que Konath deseja dizer ao mundo?
Pine: O recado é: exerça sua sexualidade sem se preocupar com tabus. Auxiliado pelo desejo, o corpo encontra os caminhos.
Kiss: Por que retratar a violência sexual? Há alguma história subliminar?
Pine: A violência sexual retratada no livro faz parte de uma metáfora sobre as relações humanas, onde o violentado é todo àquele que tem algo tirado de si, repentinamente, de forma muitas vezes violenta (como no caso do estupro relatado no livro), e que muda por completo o rumo de sua história, quase sempre deixando marcas que podem perdurar por toda uma vida.
Kiss: O que você acha do seu livro estar sendo interpretado como um “Manifesto do fetiche”? Essa ideia foi proposital?
Pine: Não foi proposital, mas foi benvinda, pois reforça a narrativa que é bastante voltada para as relações humanas onde o sexo tem papel fundamental.
Kiss: Por que erotismo misturado com ficção?
Pine: A ficção por si só costuma atrair atenção da maioria das pessoas. O mesmo acontece com os textos eróticos. Esse mix de ficção, oculto e sensualidade, ainda com uma pitada de romance, é a minha aposta para abocanhar um público consumidor desse gênero.
Kiss: A pegada LGBT+ é muito presente na narrativa. Trata-se de uma leitura direcionada exclusivamente ao público LGBT+?
Pine: A sexualidade nesse mundo fictício de Ehh-Katyyr, é livre, sem tabus. As relações sexuais não estão sob o julgo de classificações ou regras castrativas. Eu oportunizo ao leitor refletir sobre as possibilidades da sexualidade e sobre as fantasias sexuais.
Kiss: Você tem um propósito específico com essa trilogia?
Pine: Além do que já foi dito, meu propósito é o de apresentar a minha obra ao grande público consumidor, e que essa trilogia seja transformada em filme ou série, explorando as infinitas possibilidades de expressão humana no âmbito da sexualidade, esclarecendo o público e ao mesmo tempo apresentando as possibilidades do universo da fantasia e dos fetiches.
O evento foi planejado para encantar e vai receber o público com um happy hour reunindo literatura, arte, cultura e, tem como tempero especial, a sensualidade.
Quem abre o lançamento sou euzinha aqui Marianna Kiss com a palestra “O Manifesto do Fetiche” colocando em voga o protagonista Konath e suas fantasias sexuais. Eu divido o espaço com o artista plástico Avila que vai envolver e apimentar a imaginação de todos com suas pinturas eróticas. O happy hour literário conta ainda com um delicioso coquetel embalado ao som do DJ Kael.
Surpresas aguardam nosso estimado público e imprensa. Quem comparecer vai ter uma noite tórrida de muito prazer, arte e literatura.
O ingresso, que contém um kit com o livro, cupom de desconto para as minhas terapias e brindes dos patrocinadores, tem valor de R$ 200,00, é limitado e pode ser adquirido exclusivamente com o organizador do evento António por meio do Whatsapp 21-99886-7664.
O lançamento do livro “A Quinta Estação – O destino de Konath” de Anthony Pine vai ser no sábado dia 9 de dezembro de 2023, no Centro de Eventos do Cittá Office Mall – Barra da Tijuca – às 18h.
O Shopping Cittá América está localizado na Avenida das Américas, 700 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O local é seguro, de fácil acesso e conta com farto estacionamento pago.
O happy hour literário será privilégio de poucos. Agora imagine nós duas lá (ou nós dois), colocando pra quebrar ao som do DJ Kael, após nos deliciarmos com a arte do Avila e da minha palestra, é claro, e tietar muito o gostoso do autor Anthony Pine, hein hein?
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