Dia 26 de outubro, celebramos o Dia da Visibilidade das pessoas intersexo. E acho muito pertinente explicar o que é nascer com essa configuração.
As pessoas intersexo nascem com características sexuais (como genitais, cromossomos ou hormônios) que não se encaixam nas expectativas médicas e sociais de “masculino” ou “feminino”. Segundo estudos recentes, a maioria dos nascidos intersexo, nascem com vulvas, ou seja, “feminine”. O genital externo é uma vulva desenvolvida, normal. Mas por dentro, podem ou não ter útero e ovários. Casos raros apresentam ambos os orgãos genitais como pênis e vulva.
Nessa vibe de conscientização, é importante saber as formas de ajudar realmente pessoas próximas que se identificam como intersexo:
- O acompanhamento por uma equipe multidisciplinar faz toda a diferença (endócrino, uro/gineco, psicologia, serviço social etc.).
- Existem ONGs e sites sérios com informação clara para família e pessoa intersexo.
- O apoio psicológico com base no respeito à na autonomia são fundamentais.
- A decisão clínica é baseada em necessidade médica real, não em estética ou “ajuste social” – e a própria pessoa deve autorizar o procedimento. A escolha sempre será da pessoa.
O maior desafio, na minha visão, fica para as empresárias e empresários de estabelecimentos que vendem artigos eróticos. Não há mais espaço para propagandas e pessoas enganosas ou amadoras. A pessoas da população LGBTQIAPN+ são inteligentes, exigentes e autenticas – elas sabem diferenciar produtos e serviços de qualidade. Elas gastam em locais onde o sentimento de pertencimento e acolhimento sejam palpáveis. A única via válida de crescimento e fortalecimento de marca é invistir em treinamento especializado, onde o atendimento seja de fato humanista. Vendas pautadas somente no lucro ou com base em moldes antigos, não sobrevivem. Outro investimento necessário deve acontecer no departamento de compras: sex toys inclusivos, adaptáveis e “gender-neutral” fazem parte de um etoque básico – o óbvio precisa ser dito e ressignificado.

Vou deixar um link, onde uma palestrante do TedTalks é intersexo, e sua fala, além de ser divertida e descomplicada, explica e defende o universo das pessoas que nascem intersexo: https://www.ted.com/talks/emily_quinn_the_way_we_think_about_biological_sex_is_wrong?utm_campaign=tedspread&utm_medium=referral&utm_source=tedcomshare
É isso, beijos da Ka.