Por Karina Brum*
Assédio sexual se manifesta com insinuações, com contatos forçados ou exigências de favores sexuais que interferem ou não no emprego, na promoção ou na carreira da mulher, além de situações que a humilham, intimidam ou prejudicam. E sim, o assédio pode atingir qualquer pessoa. Mas infelizmente, as estatísticas provam que mulheres, especialmente mulheres negras, e pessoas LGBTQIAP+ são as mais atingidas.
Saiba que não é preciso contato físico para que seja assédio – mensagens, gestos, piadas, chantagens, convites insistentes ou qualquer abordagem sexual indesejada já configuram essa violência. E basta um único ato para caracterizar a prática; não é necessário que se repita.

Fique atenta no que configura o assédio sexual:
- Conversas, piadas ou expressões de cunho sexual sem consentimento.
- Toques, abraços ou beijos não desejados.
- Pressão ou chantagem em troca de favores sexuais.
- Convites insistentes para encontros.
- Exibicionismo ou criação de ambiente pornográfico.
- Promessas de vantagens ou promoções em troca de favores sexuais.
- Ameaças de represálias, como perder o emprego.
- Comentários ofensivos sobre corpo, aparência ou comportamento.
Receber elogios respeitosos e sem conotação sexual NÃO É assédio sexual. Paquerar ou flertar de forma recíproca CONSENTIDA, NÃO É assédio.
Existem formas diferentes de uma mulher ser assediada. Podemos ser assediadas quando parte de alguém em posição de poder, como um chefe ou superior ou entre colegas, sem relação de hierarquia.
Assédio Sexual e Moral É CRIME, e o assediador (seja ele homem ou mulher) pode responder nas esferas trabalhista, civil, criminal e administrativa. Pessoas que são vítimas de assédio sofrem impactos profundos em sua saúde mental, autoestima, produtividade e qualidade de vida.