A autoestima das portuguesas: mais do que aparência, uma jornada interior

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A autoestima das portuguesas: mais do que aparência, uma jornada interior

A autoestima das mulheres portuguesas está sob pressão, influenciada por padrões de beleza irreais e expetativas externas. No entanto, o verdadeiro poder da autoestima vai além da aparência física. É na relação íntima consigo mesmas que as mulheres encontram a chave para uma vida plena e confiante, impactando diretamente a sua autoconfiança e bem-estar emocional. Por Jorge Sousa*

A autoestima continua a ser um tema central nas discussões sobre o bem-estar das mulheres, especialmente em Portugal. Embora a sociedade frequentemente associe autoestima à aparência física, a verdadeira força reside em algo mais profundo: a relação que as mulheres têm consigo mesmas. De acordo com Irina Marques, especialista em Sexologia Educacional e diretora da Flame Love Shop, a autoestima feminina impacta várias áreas da vida, inclusive a intimidade.

É impressionante como muitas mulheres ainda não conhecem verdadeiramente o seu corpo. Frequentemente, recebo mulheres que querem usar lingerie mais sensual, mas que sentem vergonha do seu corpo e têm receio da reação do parceiro. A falta de confiança no corpo reflete a baixa autoestima, que se enraíza em padrões de beleza irreais promovidos pelas redes sociais“, explica Irina Marques.

Segundo um estudo recente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, cerca de 60% das mulheres portuguesas reconhecem que a sua autoestima é fortemente afetada por pressões sociais e estéticas. Estas pressões, alimentadas por padrões muitas vezes inalcançáveis, contribuem para um ambiente onde a comparação e a autocrítica são constantes. Contudo, Irina Marques destaca que a autoestima vai muito além da aparência física, deixando algumas estratégias para as mulheres começarem a desenvolver uma autoestima mais sólida e autêntica, que não dependa da aparência física ou da validação externa.

Estratégias para cultivar uma autoestima saudável

  1. Valorize o que está dentro
    A autoestima não se constrói apenas no reflexo do espelho, mas no reconhecimento do próprio valor. “É essencial que as mulheres reconheçam as suas forças, talentos e paixões, e que abracem as suas vulnerabilidades com compaixão. A verdadeira autoestima vem de saber que somos valiosas, independentemente da opinião dos outros“, afirma Irina Marques.
  1. Desafie os padrões externos
    Um dos maiores desafios da autoestima feminina é a comparação com os outros. “As redes sociais estão repletas de imagens que criam expectativas irreais. É importante refletir se essas expetativas correspondem aos nossos valores e desejos. Ser autêntica, com todas as suas singularidades, é muito mais poderoso do que tentar encaixar-se num ideal inalcançável“, aconselha a especialista.
  1. Invista no crescimento pessoal
    Desenvolver a autoestima também passa pelo investimento em si mesma. Participar em workshops, explorar novos passatempos ou dedicar-se à leitura são formas de reforçar a sensação de competência e realização pessoal.
  1. Cuide da saúde mental
    O equilíbrio emocional é um reflexo direto da autoestima. “Praticar autocuidado diário, tanto físico quanto emocional, e procurar apoio profissional quando necessário, são passos essenciais para desbloquear todo o potencial interior“, defende Irina Marques.

Autoestima como pilar de sucesso e realização

A autoestima impacta todas as áreas da vida, desde o ambiente de trabalho até aos relacionamentos pessoais. Uma mulher que reconhece o seu valor estabelece limites saudáveis, toma decisões mais assertivas e prospera com confiança. “A autoestima não é um luxo, é uma necessidade. Quando uma mulher se dedica a conhecer e nutrir as suas forças, cria uma base sólida para uma vida plena e realizada”, sublinha a especialista.

Este é um momento crucial para as mulheres portuguesas olharem para dentro e começarem a construir uma autoestima autêntica e resiliente, focada no que realmente importa: o seu valor intrínseco e a sua capacidade de viver de acordo com os seus próprios termos.

* Texto enviado por Jorge Sousa nosso correspondente em Portugal.

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