3 dicas para evitar representações estereotipadas da comunidade LGBTQIA+ além do Mês do Orgulho

3 dicas para evitar representações estereotipadas da comunidade LGBTQIA+ além do Mês do Orgulho

Pesquisa da iStock mostra que a autenticidade é fundamental ao demonstrar aliança neste Mês do Orgulho e depois dele

No Mês do Orgulho, a iStock, uma plataforma líder de comércio eletrônico que fornece conteúdo visual premium para PMEs, profissionais criativos e estudantes em todos os lugares, revela que as empresas continuam a usar imagens simbólicas e estereotipadas ao tentar demonstrar apoio à comunidade LGBTQIA+.

Apenas 1% de todos os downloads de clientes em 2022 apresentavam representação LGBTQ+ e as bandeiras do arco-íris representavam 29% de todas as imagens usadas para representar a comunidade queer. 

Esses insights vão contra o sentimento do consumidor. Segundo a pesquisa VisualGPS da iStock, as pessoas estão procurando se envolver com marcas que celebram a diversidade.

Quase 70% dos consumidores não LGBTQIA+ sentem-se melhor ao comprar produtos de empresas que apresentam pessoas LGBTQIA+ em anúncios e 75% dos entrevistados que se identificam como não LGBTQIA+ afirmam que se sentem confortáveis com essa inclusão. 

A pesquisa também mostra que visualizar as comunidades de maneira autêntica é importante, com 93% dos brasileiros afirmando que é importante ver fotos e vídeos do que está acontecendo com as pessoas ao redor do mundo para entender os desafios diários que enfrentam.

Outros 54% dos respondentes que se identificam como LGBTQIA+ relataram que, devido às experiências de discriminação com base em sua orientação sexual (que sofreram um aumento preocupante de 30% há apenas um ano), é mais essencial do que nunca que as empresas usem imagens autênticas e cotidianas da comunidade queer

“As pessoas reconhecem o poder da representação autêntica da comunidade LGBTQIA+ para impulsionar a mudança e a aceitação, e os consumidores estão abertos e aceitam as imagens, mas as empresas ainda não conseguem acertar”, disse o pesquisador criativo da iStock, Federico Roales.

“No entanto, o futuro pode parecer melhor.  48% dos brasileiros em nossa pesquisa do VisualGPS afirmaram que acreditam que as pessoas serão amplamente aceitas, independentemente de como se identifiquem no futuro. As empresas, portanto, têm a oportunidade de mostrar sua aliança com a comunidade LGBTQIA+ com um marketing cuidadoso e inclusivo que se estende além do Mês do Orgulho. Autenticidade é a chave para construir confiança e credibilidade, e crucial para representar todas as pessoas LGBTQIA+ com humanidade e dignidade.” 

Existem algumas perguntas simples que os donos de empresas podem fazer ao selecionar imagens e vídeos para garantir que reflitam melhor a experiência vivida pela comunidade LGBTQIA+, ajudando a construir uma melhor compreensão e aceitação e demonstrando essa aliança durante todo o ano: 

1 – Em quais cenários as pessoas LGBTQIA+ são retratadas? Você as está exibindo no trabalho, em casa, na escola, viajando ou em outros ambientes sociais? Atualmente, 28% das imagens mostram pessoas LGBTQIA+ marchando/protestando, 27% em festas com arco-íris, apenas 14% mostram indivíduos LGBTQIA+ em um ambiente de negócios ou 14% como profissionais.

2 – Você só mostra pessoas LGBTQIA+ em histórias românticas ou como pais? E as pessoas LGBTQIA+ sem parceiros, vivendo vidas plenas? Atualmente, as pessoas LGBTQIA+ têm cinco vezes mais chances de serem retratadas com um parceiro romântico do que a população em geral.

3 – Você está mostrando pessoas LGBTQIA+ vivendo vidas positivas e satisfatórias, compartilhando experiências dentro e fora de suas comunidades? Com grupos de amigos de todas as identidades? Com uma variedade de estruturas familiares e com colegas? Atualmente, 30% dos homens gays são mostrados como afeminados e 28% como extravagantes, enquanto 29% das mulheres lésbicas são mostradas como masculinas, promovendo estereótipos contínuos.

Relações Públicas, atuante em assessoria de imprensa e gestão de conteúdo para internet. Pós graduada em Educação Sexual pelo ISEXP – Instituto Brasileiro de Sexualidade e Medicina Psicossomática da Faculdade de Medicina do ABC, atendeu a várias empresas e profissionais do ramo erótico de 2002 até atualidade, estando inclusive a frente da sala de imprensa da Erótika Fair de 2002 a 2010. Também é certificada em Inbound Marketing pelo HubSopt Academy.

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