SHEIN remove bonecas sexuais com aparência infantil após denúncia

SHEIN remove bonecas sexuais com aparência infantil após denúncia

A varejista chinesa SHEIN removeu de sua plataforma global bonecas sexuais com aparência infantil após uma denúncia feita pela Direção-Geral de Concorrência, Consumo e Repressão de Fraudes (DGCCRF), órgão francês responsável por fiscalizar práticas comerciais e proteção do consumidor.

De acordo com a Reuters, a DGCCRF afirmou que as bonecas encontradas no site da SHEIN apresentavam traços e proporções corporais semelhantes aos de crianças, o que as caracterizaria como produtos de pornografia infantil simulada.

Em comunicado, a SHEIN declarou que retirou imediatamente os produtos do ar e reforçou sua política de “tolerância zero para qualquer item que viole leis ou normas internas”.

A denúncia veio às vésperas da inauguração da primeira loja física da marca na França, em Paris, o que ampliou a repercussão do caso e reacendeu o debate sobre a responsabilidade das plataformas de e-commerce na filtragem de produtos sensíveis.


Reação global e alerta para o mercado adulto

O episódio trouxe à tona uma discussão urgente sobre limites éticos e legais no comércio de produtos sexuais, especialmente no ambiente digital, onde a fiscalização ainda é desafiadora.

Para o mercado erótico internacional, a retirada das bonecas infantis pela SHEIN reforça a necessidade de compliance, curadoria de catálogo e controle de acesso etário, evitando que itens indevidos ou mal categorizados manchem a imagem do setor.


Responsabilidade ética e reputacional do mercado erótico

No Brasil, onde o setor erótico se consolida como segmento profissional e inovador, episódios como o da SHEIN servem de alerta.
Mesmo sem legislação específica, empresas podem responder judicialmente e sofrer danos irreparáveis à imagem caso ofereçam produtos que sugiram erotização infantil, ainda que de forma não intencional.

Fabricantes, distribuidores e lojas do segmento adulto devem reforçar práticas como:

  • Bloqueio de acesso de menores em sites e lojas virtuais;
  • Rotulagem clara de restrição etária;
  • Análise estética e ética de produtos antes do lançamento;
  • Treinamento de equipes para garantir conformidade legal e responsabilidade social.

Essas medidas fortalecem a credibilidade do setor e ajudam a consolidar a imagem do mercado erótico responsável, voltado exclusivamente para o público adulto.


Tendência global: tolerância zero à infantilização

A reação rápida da SHEIN à denúncia francesa mostra que o mundo caminha para uma tolerância zero com qualquer produto que lembre erotização infantil.
Essa tendência deve se refletir também no Brasil, impulsionando debates sobre ética, design de produtos e limites da sexualidade no consumo adulto.

Empresas que se anteciparem e adotarem padrões internacionais de compliance estarão não apenas mais protegidas juridicamente, mas também melhor posicionadas para liderar o futuro do setor.


Maturidade e responsabilidade no prazer adulto

O caso SHEIN é um divisor de águas para o varejo erótico global.
Ele mostra que não basta vender prazer — é preciso fazê-lo com ética, consciência e respeito aos limites legais e sociais.

O mercado erótico brasileiro tem avançado nesse sentido, buscando consolidar uma imagem de profissionalismo e responsabilidade, onde o prazer adulto é celebrado sem ultrapassar fronteiras éticas.

Publicitária, Consultora e expert em Mercado Erótico, Escritora e empresária. Atua no Mercado Erótico Brasileiro desde o ano 2000. Autora de 28 livros de negócios e sobre produtos eróticos para os consumidores. De 2010 a 2017, presidiu a ABEME – Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico. Citada em mais de 100 teses universitárias e livros de sexualidade sobre o tema. Desenvolve e projeta produtos eróticos e cosméticos sensuais para os maiores players do setor. Criadora do primeiro seminário de palestras para empresários do mercado erótico em 2006. Apoiadora e partícipe dos mais importantes eventos eróticos do mundo. Também idealizadora do Prêmio Melhores do Mercado Erótico e Sensual que, desde 2016, anualmente elege as melhores empresas, as inovações, os produtos mais queridos e desejados e as ações que estimularam o desenvolvimento do setor. É fundadora e co-autora do site MercadoErótico.Org.

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