As sexshops online estão preparadas para a PL do Felca?

As sexshops online estão preparadas para a PL do Felca?

A tramitação do Projeto de Lei 2628/2022, conhecido como PL do Felca, tem mobilizado o mercado adulto online. A proposta, ainda em discussão no Congresso, visa proteger crianças e adolescentes no ambiente digital, e as sexshops virtuais precisam estar prontas para as mudanças que vêm por aí.

Por que essa lei é um marco para o mercado erótico digital?

O PL do Felca estabelece regras rígidas para qualquer serviço ou produto tecnológico que possa ser acessado por menores de idade, priorizando a segurança e a privacidade dos jovens. Para as sexshops que atuam no universo virtual, esse cuidado passa a ser obrigatório, já que a exposição de conteúdos adultos a crianças e adolescentes deve ser evitada a todo custo.

O que as sexshops virtuais terão que fazer?

Para garantir a proteção de crianças e adolescentes, algumas exigências são previstas:

  • Verificação de idade eficiente: Não basta pedir para o usuário confirmar que é maior de idade através de um botão. É necessário usar sistemas tecnológicos que realmente impeçam o acesso de menores.
  • Supervisão parental na ponta dos dedos: Ferramentas intuitivas que permitam aos pais acompanhar e limitar o acesso dos filhos.
  • Publicidade responsável: Campanhas e anúncios que não atinjam ou atraiam o público infantil e adolescente. Agora mais do que nunca as campanhas serão bloqueadas.
  • Canais de denúncia acessíveis: Transparência e facilidade para reportar conteúdos ou produtos inadequados.
  • Responsabilidade para todos: Incluindo filiais de empresas estrangeiras que atuem no Brasil.

Como isso muda o dia a dia das sexshops online?

O impacto é grande e exige ações práticas, como:

  • Investir em tecnologias avançadas para controle rigoroso da idade.
  • Ajustar estratégias de marketing para alinhar-se às novas regras.
  • Implementar políticas claras de moderação e resposta rápida a denúncias.
  • Alinhar práticas à Lei Geral de Proteção de Dados, garantindo privacidade.

O que esperar daqui pra frente?

Embora a lei só deva entrar em vigor um ano após sua publicação, o melhor caminho é começar agora a se preparar. Assim, evita-se multas, sanções e até suspensão das atividades. Além disso, mostra que o mercado erótico online está alinhado com a ética e a responsabilidade social.

Os negócios que adotarem essas medidas não apenas estarão protegidos juridicamente, como também ganharão a confiança dos consumidores ao demonstrar compromisso com a segurança digital.

A ABIPEA chega no momento mais que necessário para toda a indústria no Brasil, além de um grupo de estudos específicos para a PL 2628, o desenvolvimento de novas tecnologias e assessoria jurídica para seus membros, A ABIPEA atuará como voz e fonte de informação para todo o setor.

Paula Aguiar
Presidente da ABIPEA
abipea.com.br

Publicitária, consultora e especialista no Mercado Erótico, escritora e empresária. Atua no setor erótico brasileiro desde o ano 2000. Presidente da ABIPEA – Associação Brasileira da Indústria e Profissionais do Entretenimento Adulto, é autora de 28 livros de negócios e sobre produtos eróticos para consumidores. Entre 2010 e 2017, presidiu a ABEME – Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico.Citada em mais de 100 teses universitárias e livros de sexualidade, desenvolve e projeta produtos eróticos e cosméticos sensuais para os maiores players do mercado. Criadora, em 2006, do primeiro seminário de palestras para empresários do setor, é apoiadora e presença constante nos mais importantes eventos eróticos do mundo.Idealizou o Prêmio Mercado Erótico, que desde 2016 reconhece empresas, inovações, produtos e iniciativas que impulsionam o desenvolvimento da indústria. É fundadora e coautora do portal MercadoErótico.org.

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