Hoje, o título de um artigo chamou nossa atenção: “Somos monogâmicos porque somos pobres”, o artigo, na verdade era uma entrevista com um famoso sexólogo francês afirmando que a monogamia é um conceito ligado ao tempo livre disponível que a espécie tem, ou seja, se a espécie tem muitos afazeres, terá mais tendência a ser monogâmica.
E que o ser humano, quanto mais focado em bens materiais, mais seria monogâmico, contrariando nossa natureza, que privilegia a diversidade sexual.
Para nossa sociedade ocidental, a monogamia está totalmente ligada à penetração pênis-vagina e faz parte da maioria dos contratos matrimoniais, representada pela fidelidade, e a “traição”, é por sua vez, o descumprimento desta cláusula.
Seguindo essa definição, atitudes que desvalorizam o par são consideradas ok e até incentivadas, ou seja, vale o “Ô lá em casa!”, vale ficar de “paquerinha virtual”, vale “ficar de graça” com pessoas desconhecidas e até colegas de trabalho, desde que não role nada físico!
Para nós, esse é um conceito muito equivocado porque uma conversinha ou uma paquera podem ser muito mais prazerosas e íntimas do que o sexo enquanto penetração.
Conhecemos muitas pessoas que constroem verdadeiros relacionamentos à distância, dedicando sua atenção para outras pessoas, mas afirmam com orgulho que “são mulheres de poucos homens” ou “que nunca traíram suas esposas”, ostentando com orgulho sua fidelidade.
Nossa visão é a de que o casamento é uma união onde duas pessoas resolvem construir uma vida em comum e tudo o que cada um dos dois “colhe de bom” pelo mundo, deve ser repartido pelo casal.
Nestes anos que estamos juntos e criamos a SexAtivação, uma de nossas maiores prioridades é focar nos benefícios da lealdade entre o casal e trocar definitivamente a palavra fidelidade por lealdade.
A lealdade não está focada nos genitais e sim no respeito, parte do princípio de que todos nós trocamos energia com outras pessoas e que essa troca, seja em forma de conversa, de dança, de abraço, deve reverter em benefício para o relacionamento e assumida para o parceiro, sem vergonha ou hipocrisia.
Pensar que uma pessoa casada não tem amizades e não sente prazer com outras pessoas é um convite para a hipocrisia, para o fingir e o dissimular, para o sentimento de culpa que vai criando um silêncio cheio de confissões que nunca se concretizam, mas que são o som de um relacionamento que não se sustenta.
O ideal é que cada casal converse sobre seus limites… para um vale amizade à distância, para outro, vale uma dança… e defina o que pode e o que não pode.
Definidos os limites, vem o respeitar e o sentir-se livre para viver a individualidade nas situações “liberadas”, afastando a culpa e cultivando a saúde da relação.
Todos os dias recebemos o convite do Universo para uma mudança e esse é o seu convite: troque a fidelidade pela lealdade e ganhe uma relação muito mais sincera e amiga para toda a vida!
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