Estreia nesse domingo O Prazer é Meu, nova série documental do GNT

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Estreia nesse domingo O Prazer é Meu, nova série documental do GNT

A produção vai ao ar a partir de 8 de setembro, com uma abordagem única sobre a história do prazer feminino, se aprofundando em temas como sexualidade, gênero e diversidade

São Paulo, 29 de agosto de 2024 – “O que te dá tesão?”, essa é uma das perguntas que Mariana Xavier (Minha Mãe é Uma Peça, Tem que Suar) faz para as pessoas entrevistadas pela nova série documental “O Prazer é Meu”, que será exibida pelo GNT e Globoplay +canais a partir do dia 8 de setembro. O projeto narrado pela atriz tem como principal objetivo chegar ao cerne da questão de como o prazer foi negado às mulheres ao longo da história, e expor diferentes visões sobre assuntos, como educação em sexualidade, padrões de beleza, maternidade e saúde mental nos tempos atuais.

Eliza Capai (Elize Matsunaga: Era uma vez um crime, Espero tua (Re)volta) é diretora e idealizadora da série. A ideia surgiu de um profundo processo de redescobrimento pessoal depois de uma gestação interrompida – história emocionante que deu origem ao premiado documentário “Incompatível com a Vida”. “Depois de passar por esse luto, veio a vontade de me sentir viva novamente. A série me trouxe vitalidade, um sentimento de catarse, um redescobrimento do prazer e da vida”, conta ela.

“O Prazer é Meu” se propõe a trazer um novo olhar em relação ao prazer, com relatos íntimos e entrevistas com especialistas em cenários com uma direção de arte envolvente, além de uma narrativa visual poética e uso de animação. Vai desde a concepção da mitologia em torno de Eva, que contribuiu para que as mulheres fossem vistas como inferiores e culpadas, até os tempos atuais, discutindo a tripla jornada feminina, onde pressões em todos os âmbitos do cotidiano pesam sobre as mais diferentes mulheres. A série chega como uma forma de questionar a rotina de forma leve e bem-humorada, para que assim todas possam entender o caminho de se sentirem plenas e com prazer.

O programa terá cinco episódios, lançados semanalmente aos domingos, às 23h no GNT. Com entrevistas íntimas de diversas mulheres de diferentes idades, realidades sociais e histórias de vida, além de um homem trans, a proposta é trazer um compartilhamento de experiências em torno de gênero, classe e relações interpessoais. Para pontuar com informações históricas e análises mais profundas e precisas por trás destes depoimentos, a série também tem a participação de especialistas, incluindo a psicóloga e ativista indígena Geni Nuñez, a ginecologista Fátima Oladejo, a psiquiatra Maria Homem, a terapeuta sexual Preta Kiran e artista visual Juliana Notari.

Para a narração, foi escolhida a atriz Mariana Xavier, conhecida por trazer, de forma leve e bem-humorada, pautas relevantes para o universo feminino – em especial sua militância sobre como todos os corpos merecem ter prazer, defendendo a quebra de padrões estéticos, além de seus debates sobre autoestima. “Eu luto para que todos os corpos tenham o direito de existir, seja como forem, que tenham direito ao prazer da vida. Isso é o coração da nossa série e me sinto honrada em ajudar a contar essa história”, pontua ela.

Ao longo dos seus cinco episódios, a série se divide entre informações relevantes em temas como fisiologia do corpo, história, sociedade, capitalismo, autoconhecimento, orgasmo e questionamentos sobre prazer. Traz também curiosidades sobre como o prazer feminino é visto pela sociedade, incluindo uma história completa sobre como o clitóris foi descoberto e ocultado. Em cada episódio, as entrevistadas e a audiência são convidadas a exercícios práticos como olhar a própria vulva no espelho e experimentar o uso de vibradores. A série documental traz um quadro completo sobre como mulheres e pessoas com vulva têm seus prazeres negados, além da pressão da sociedade.

“O Prazer é Meu” é produzida pela Amana Cine, novo nome da TVa2. Comandada por Mariana Genescá, a casa é uma produtora brasileira focada em projetos documentais com temáticas sociais. Seu objetivo é trabalhar com narrativas originais que abordem temas sensíveis, apostando no audiovisual como potente ferramenta de reflexão e inclusão social. Recentemente, “Incompatível com a Vida”, também dirigido por Eliza Capai e produzido pela Amana, ganhou o prêmio de melhor documentário de 2023 pela APCA e venceu o festival É Tudo Verdade, se qualificando para o Oscar 2024. A diretora, em parceria com a produtora, também trabalhou no premiado Espero tua (Re)volta, de 2019, que recebeu o prêmio concedido pela Anistia Internacional e o Prêmio da Paz, pela Fundação Heinrich Böll, no Festival de Berlim.

“Sendo o primeiro projeto lançado por nós como Amana, “O Prazer é Meu” marca uma nova fase da nossa produtora. A série, que será exibida pelo GNT, trata de forma universal a experiência feminina, podendo chegar para cada vez mais pessoas. Com esse lançamento, conseguimos reforçar ainda mais nosso objetivo de trabalhar com histórias de impacto, que promovem mudanças, além de apresentar narrativas que muitas vezes são marginalizadas”, conta Mariana Genescá, dona da produtora Amana.