Ela Precisava Vender um Livro. A Solução? Um Sex Toy

Ela Precisava Vender um Livro. A Solução? Um Sex Toy

Imagine a cena: você é uma artista e acabou de terminar seu grande projeto, um livro. O problema? Você não tem dinheiro para imprimi-lo. Como chamar a atenção de pessoas para financiar seu sonho?

A resposta da autora francesa Katia Even foi tão inesperada que virou notícia. Para arrecadar fundos para seu novo quadrinho, ela fez uma campanha de financiamento coletivo com uma recompensa que ninguém viu vindo: um sex toy.

Pode parecer piada ou até um desespero, mas a história é muito mais inteligente do que parece. O que era para ser apenas uma forma de vender um livro se transformou em uma masterclass sobre como se conectar com seu público, mesmo que isso signifique quebrar algumas regras.

Vamos entender o que aconteceu e por que essa ideia maluca funcionou tão bem.

Primeiro, o que aconteceu exatamente?

Katia Even desenha quadrinhos (a famosa “banda desenhada” francesa) que falam abertamente sobre sexo, corpo e prazer, sem rodeios.

Para publicar seu novo livro, ela recorreu a uma plataforma online chamada Ulule. Pense nela como uma espécie de “vaquinha online” para projetos criativos, onde as pessoas contribuem com dinheiro em troca de recompensas antes do produto ser finalizado.

Entre as recompensas normais, como o livro autografado, ela criou um pacote especial que incluía o quadrinho e, junto, um sex toy.

O resultado? A campanha explodiu. As pessoas falaram, criticaram, elogiaram e, principalmente, compartilharam. Mas o mais interessante é o porquê de tudo isso ter dado tão certo.

1 Ela Precisava Vender um Livro. A Solução? Um Sex Toy

Por que uma ideia “louca” se tornou um sucesso?

Se você pensa que o sucesso foi só pelo choque, errou. A genialidade da estratégia de Katia está em alguns pontos que qualquer pessoa pode entender.

1. A recompensa combinava com a história

Este é o segredo de tudo. O brinde não foi algo aleatório. O livro de Katia fala sobre prazer e sexualidade. O sex toy é, literalmente, uma ferramenta para isso. A recompensa não era um mero presente, era uma extensão da mensagem do livro. Mostrou que ela não estava querendo apenas escândalo, mas sim entregar uma experiência completa para quem realmente se importa com o tema.

2. A notícia se espalhou sozinha

Quantas vezes você viu uma campanha de financiamento de um livro virar manchete? Pois bem. Ao usar um item que ainda é considerado tabu, Katia forçou as pessoas a falarem sobre ela. Em grupos de amigos, no trabalho, nas redes sociais… todos comentavam: “Você viu a campanha daquela autora?”. Essa conversa toda funciona como uma divulgação gratuita e poderosíssima, muito mais eficaz que qualquer anúncio pago.

3. Ela falou diretamente com quem importava

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Imagine alguém que se ofende com o assunto. Essa pessoa provavelmente não compraria o quadrinho de Katia de qualquer forma. Agora, imagine alguém que é curioso e se interessa por sexualidade. Ao ver a ousadia, essa pessoa se sentiu completamente compreendida e representada. A estratégia funcionou como um ímã: afastou quem não era o público e atraiu com força total quem era.

O que podemos aprender com essa história?

Você não precisa vender livros ou usar produtos polêmicos para se inspirar no caso de Katia Even. A lição aqui é sobre pensamento criativo e coragem.

Aqui vão alguns aprendizados simples para qualquer projeto:

  • Entenda quem é a sua turma: Em vez de tentar agradar todo mundo, foque em encantar as pessoas que realmente se importam com o que você faz. O que elas valorizam? O que as faria sorrir?
  • Ofereça algo a mais, algo inesperado: Qual é o “sex toy” do seu negócio? Não precisa ser algo escandaloso, mas sim um bônus que surpreenda e encante seu cliente. Pode ser um e-book extra, um vídeo tutorial secreto ou um atendimento personalizado.
  • Não tenha medo de ser diferente: O mundo está cheio de gente fazendo a mesma coisa. Quando você tem a coragem de fazer algo autêntico e alinhado com sua ideia, você se destaca naturalmente.
  • Uma polêmica bem pensada pode ajudar: Questionar o jeito que as coisas são feitas pode gerar atenção. O importante é que sua “polêmica” tenha um propósito e ajude a contar a sua história, não apenas para criar confusão.

No fim das contas, a campanha de Katia Even nos mostra que as melhores ideias muitas vezes vêm de um lugar de honestidade e empatia. Ela não queria apenas vender um livro; ela queria criar um momento especial para seus leitores.

Esse é o verdadeiro segredo para criar algo que as pessoas não apenas compram, mas que amam e querem compartilhar com o mundo.

Cases como esse provam que o mercado erótico é um dos mais criativos quando o assunto é marketing. Se você quer se aprofundar nessas estratégias e descobrir mais histórias que quebram tabus, siga-nos no Instagram: @mercadoerotico. Lá, continuamos essa conversa.

Publicitária, Consultora e expert em Mercado Erótico, Escritora e empresária. Atua no Mercado Erótico Brasileiro desde o ano 2000. Autora de 28 livros de negócios e sobre produtos eróticos para os consumidores. De 2010 a 2017, presidiu a ABEME – Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico. Citada em mais de 100 teses universitárias e livros de sexualidade sobre o tema. Desenvolve e projeta produtos eróticos e cosméticos sensuais para os maiores players do setor. Criadora do primeiro seminário de palestras para empresários do mercado erótico em 2006. Apoiadora e partícipe dos mais importantes eventos eróticos do mundo. Também idealizadora do Prêmio Melhores do Mercado Erótico e Sensual que, desde 2016, anualmente elege as melhores empresas, as inovações, os produtos mais queridos e desejados e as ações que estimularam o desenvolvimento do setor. É fundadora e co-autora do site MercadoErótico.Org.

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