Conduzida pela agência Silver Makers, a pesquisa Diversidade Conectada 45+ mapeou 895 influenciadores digitais maduros, sendo 436 perfis com mais de 2 mil seguidores. Desses, 271 estão dentro dos critérios de diversidade, sendo que 44 são influenciadores do grupo LGBTQIA+. Essa geração de influenciadores maduros se mostra nas redes sociais com um ativismo sereno e sensível à interseccionalidade; militância do bem-viver; e quebra de estereótipos etários.
Silver Makers, agência especializada em marketing de influenciadores maduros, concluiu uma pesquisa inédita que revela o perfil de quase 900 influenciadores prateados e traz análises detalhadas sobre os conteúdos produzidos por eles.
Em um recorte que analisa aspectos de diversidade dentro de um universo de 271 influenciadores, foram identificados 44 perfis de LGBTQIA+. Desses, a interseccionalidade se apresenta em 37% (negros ou pardos) e 2% plus size.
O mapeamento mostrou que a maioria dos perfis LGBTQIA+ maduros é de Minas Gerais, seguido por São Paulo e Rio de Janeiro. A região Sudeste lidera com 66% dos perfis; o Nordeste aparece com 23%, seguido pelo Centro-Oeste, Sul e Norte com 2% cada.
Os dados mostram que os participantes LGBTQIA+ estão presentes em diversas plataformas digitais, cada uma com suas próprias características e públicos-alvo. Instagram e TikTok são as mais populares com 100% e 34%, respectivamente.
Esses influenciadores usam essas plataformas para compartilhar suas experiências, promover causas LGBTQIA+ e construir comunidades engajadas. Facebook e YouTube aparecem empatadas com 25% e continuam relevantes.
A presença nessas plataformas sugere que a comunidade LGBTQIA+ valoriza a capacidade de alcançar diferentes públicos e utilizar várias formas de mídia para expressar suas identidades e narrativas.
A escolha da plataforma pode refletir a natureza do conteúdo que eles produzem. Também estão presentes em outras plataformas como LinkedIn, Kwai e Pinterest.
A análise etária aponta que 75% têm entre 45 e 54 anos; 25%, entre 55 e 64 anos. Sobre os tópicos de discussão abordados pelos influenciadores, a pesquisa mostra que são variados e refletem uma ampla gama de interesses e preocupações.
Tópicos como moda, comportamento, autoestima e cultura são frequentemente discutidos, mostrando que os influenciadores LGBTQIA+ estão envolvidos em conversas que vão além das questões de orientação sexual e identidade de gênero.
Essa variedade de tópicos destaca a riqueza das experiências LGBTQIA+, proporcionando conteúdo que é relevante e envolvente para diferentes segmentos da comunidade.
Segundo Cléa Klouri, uma das coordenadoras da pesquisa Diversidade Conectada 45+, ao compartilharem suas jornadas pessoais, esses influenciadores inspiram outras pessoas a serem autênticas e a lutarem pelos seus direitos.
“São perfis que desafiam estereótipos sobre envelhecimento e sexualidade, provando que a vida não se encerra aos 50 anos. Com humor, empatia e muita energia, eles conquistam seguidores de todas as idades e mostram que a vida pode ser vibrante e cheia de possibilidades em qualquer fase”, afirma a coordenadora da pesquisa.
Para as marcas, colaborações com influenciadores que abordam esses tópicos podem aumentar a relevância e o impacto das mensagens, promovendo um engajamento mais profundo e significativo.
Além disso, apoiar conversas sobre temas importantes pode posicionar as marcas como aliados comprometidos com a causa LGBTQIA+, fortalecendo seu relacionamento com a comunidade.
Mercado de influenciadores prateados
Desde 2019, o Silver Makers pesquisa o mercado de influenciadores maduros no Brasil. Em 2020, a empresa lançou um mapeamento-base, levantando mais de 1.000 nomes de influenciadores 45+.
No primeiro semestre de 2024, uma nova chamada aprofundou o conhecimento sobre esse público, partindo da premissa de investigar a diversidade dentro de uma profissão em franco crescimento, sobretudo entre os jovens.
Dados da Nielsen (2022) apontam que o país tem mais influenciadores digitais do que médicos e dentistas, sendo o segundo do mundo com mais pessoas na atividade – o primeiro é os Estados Unidos. No Instagram, há 10,5 milhões de influenciadores, oito vezes o número de advogados e quase 20 vezes superior ao número de médicos.