Empresa de Sex Toys Enfrenta Discriminação Bancária

Empresa de Sex Toys Enfrenta Discriminação Bancária

Imagine ser uma empresa premiada, amada pelos clientes e que ajuda as pessoas a melhorarem sua vida sexual, mas não conseguir algo tão simples quanto abrir uma conta no banco. Foi exatamente isso que aconteceu com a Girls Get Off, uma marca neozelandesa de bem-estar sexual que está revolucionando o mercado, mas ainda enfrenta preconceito por parte de algumas instituições financeiras.

A empresa, criada por Viv Conway e Jo Cummins em 2021, tem uma comunidade fiel nas redes sociais, com quase 120 mil seguidores no Instagram e uma comunidade no Facebook com mais de 40 mil membros. Além disso, ganhou o prêmio People’s Choice no Tauranga Business Awards no seu primeiro ano e já está expandindo para a Austrália. Nada mal, né?

Jo-Cummins-and-Viv-Conway Empresa de Sex Toys Enfrenta Discriminação Bancária

Mas o sucesso não foi suficiente para o Bank of New Zealand (BNZ), que recusou abrir uma conta para a Girls Get Off. A justificativa? A natureza do negócio era “fora da política do banco”. Isso já seria ruim o bastante, mas o problema não é novidade para elas: o Kiwibank também já havia feito a mesma coisa antes.

Viv, cofundadora da marca, resumiu bem o absurdo da situação: “Ao dizer que não podemos ter contas bancárias, isso só alimenta mais o tabu e a vergonha em torno do assunto, quando não deveria ser assim. Estamos falando de bem-estar!”.

A polêmica chegou até os ouvidos do CEO do BNZ, Dan Huggins, que reconheceu que o banco errou. Durante uma reunião pública, ele admitiu: “Nós não acertamos com esse cliente. Certamente não nos vemos como a polícia moral, mas com esse cliente específico, estamos conversando com eles”.

Seja como for, o caso da Girls Get Off é um exemplo claro de como ainda existe um estigma gigante contra empresas do setor de bem-estar sexual. Essas marcas já enfrentam dificuldades de todos os lados, desde restrições para anunciar nas redes sociais até preconceitos por parte de bancos e instituições financeiras.

O mais triste? Esse tipo de discriminação vai na contramão de tudo o que estamos construindo como sociedade. Afinal, o que há de errado em falar abertamente sobre saúde e prazer sexual? São temas naturais e essenciais para o bem-estar de qualquer pessoa.

Por sorte, o erro do BNZ serviu para abrir o diálogo. Agora, eles estão revisando suas políticas para evitar que isso aconteça de novo. Só esperamos que outras instituições também aprendam a lição.

Esse episódio deixa uma mensagem importante: empresas que promovem o bem-estar sexual são legítimas e merecem o mesmo respeito que qualquer outro tipo de negócio. Chegou a hora de deixar os tabus de lado e apoiar quem está trabalhando para melhorar a vida das pessoas — seja no banco, nas redes sociais ou onde for.

E você, o que acha dessa história? Está na hora de bancarmos uma mudança ou o tabu ainda vai continuar?

Publicitária, Consultora e expert em Mercado Erótico, Escritora e empresária. Atua no Mercado Erótico Brasileiro desde o ano 2000. Autora de 28 livros de negócios e sobre produtos eróticos para os consumidores. De 2010 a 2017, presidiu a ABEME – Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico. Citada em mais de 100 teses universitárias e livros de sexualidade sobre o tema. Desenvolve e projeta produtos eróticos e cosméticos sensuais para os maiores players do setor. Criadora do primeiro seminário de palestras para empresários do mercado erótico em 2006. Apoiadora e partícipe dos mais importantes eventos eróticos do mundo. Também idealizadora do Prêmio Melhores do Mercado Erótico e Sensual que, desde 2016, anualmente elege as melhores empresas, as inovações, os produtos mais queridos e desejados e as ações que estimularam o desenvolvimento do setor. É fundadora e co-autora do site MercadoErótico.Org.

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